7.5.06

BARBIE


Barbie Millicent Roberts, registrada na fictícia cidade de Willows, estado do Wisconsin, tem 60 anos e corpinho de 20. Já foi artista de cinema, roqueira, enfermeira, médica, bailarina e até candidata a presidente. Já teve mais de 20 cachorros, inúmeros cavalos, gatos e até papagaio. Viveu, ou vive, em mais de 150 países. Ela é rica, bonita, famosa, inteligente, bem-sucedida e está sempre na moda. Têm o namorado perfeito, e muitos amigos que a adoram. Criticada por suas medidas inatingíveis, mas adorada por crianças (e adultos) de todo o mundo. O universo BARBIE é cor-de-rosa, feito de sonhos e fantasias, onde tudo é possível. É o que garante o slogan You can be anything. A boneca mais famosa do mundo virou referência feminina, ícone da moda, símbolo das aspirações das meninas a caminho da puberdade e da vida adulta. 

A história 
Foi Ruth, esposa de Elliot Handler, fundador da tradicional empresa de brinquedos Mattel, quem teve a ideia de fabricar uma boneca com feições adultas que até então só existia em papel e com ares de bebês. Na verdade, a boneca alemã Bild Lilli, feita de celuloide, é anterior à BARBIE (a boneca alemã foi criada em 1955), e pode ter inspirado Ruth (foto abaixo), que por achar as caras e fisionomias das bonecas da época infantis demais, desenhou uma boneca em três dimensões com um ar mais adulto, capaz de proporcionar as meninas todos os sonhos possíveis. Além disso, ela ressaltou: “Se uma menina fosse imaginar como seria aos 16 ou 17 anos, seria tolo brincar com uma boneca que não tinha peito. Então, dei belos seios a ela”. O nome BARBIE era o apelido (diminutivo) de sua filha Bárbara. Encomendada ao designer Jack Ryan, em 1958, ela foi apresentada oficialmente na Feira Anual de Brinquedos de Nova York no dia 9 de março de 1959, e começou a ser vendida por apenas US$ 3. Atualmente, uma peça da boneca original supera os US$ 10 mil, sendo muito disputada entre os colecionadores.


BARBIE foi apresentada como uma mulher jovem vestida com as últimas tendências da moda. Loira (mas também tinha a versão morena), de rabo-de-cavalo e trajando um maiô listrado em preto e branco, óculos escuro, brincos de argola e sandália de salto, a boneca nasceu com o corpo de manequim, longas pernas e cintura fina, as medidas perfeitas para os seus 29 centímetros de altura. Ela já trazia modelos de roupas e acessórios que podiam ser trocados, ou seja, tudo o que pudesse identificar o universo jovem do final dos anos de 1950: vestidos rodados, calças cigarretes, luvas e até um modelo para ir ao trabalho como designer de moda. Os fabricantes de brinquedos da época foram céticos quanto ao sucesso da nova boneca, porém a reação das mães das meninas foi totalmente diferente. Elas adoraram a boneca desde seu lançamento. O sucesso foi imediato a ponto de ser considerada “um ícone da cultura pop”. Afinal, BARBIE era linda, esbelta, emancipada, usava maquiagem, não tinha filhos e com tempo de sobra para investir na carreira, e não para cuidar das tarefas domésticas. Em resumo, era o oposto do estereótipo da típica dona de casa americana do pós-guerra. Só no primeiro ano da existência da boneca foram comercializadas 351 mil unidades. As vendas foram tão bem que a Mattel levou algum tempo até conseguir atender todos os pedidos.


Nos anos seguintes BARBIE acompanhou as tendências da moda com suas coleções de estilos e modelos, como nos anos de 1960 onde representava a típica garota americana, com seu twin-set de lã e faixas no cabelo (perucas que vinham em três cores: loura, castanha e ruiva). Em 1962, se vestiu de Jacqueline Kennedy, exemplo de elegância e bom gosto, com o famoso tailleur cor-de-rosa; em 1965 ganhou pernas flexíveis (dobráveis) e causou polêmica com a Slumber Party Barbie (que vinha com o seu próprio livro de “Como perder peso” - que curiosamente, tinha como uma das dicas ”não comer” - e uma balança, que colocava o peso de uma mulher adulta nos 50 kg; e em 1968, quando seu rosto ganhou um aspecto ainda mais jovial, com longos cílios e olhos azuis. Fechando a década, roupas floridas, estampas psicodélicas e grandes óculos. Durante os anos de 1970, assim como a juventude da época, vestiu mini-saias, os cabelos cresceram, o visual se tornou hippie e, em 1971, ganhou um trailer, passaporte para uma vida mais próxima à natureza com suas saias de retalhos e vestidos românticos estilo Laura Ashley. Além disso, em 1977, embalada pelo glamour e pela extravagância da Era Disco, seu visual foi incrementado com cintilantes vestidos. Foi também a primeira vez que um sorriso apareceu em seu delicado rostinho.


Os anos de 1980 foram marcados pelo glamour e mistura de proporções das roupas. BARBIE apareceu em uma versão “seriado Dallas”, com cabelo estilo Farrah Fawcet e lábios vermelhos. Em 1980 foi lançada a coleção étnica, com modelos da boneca vestidas de roupas típicas de vários países como México, Chile, Jamaica, Brasil (vestida de baiana), Inglaterra, Holanda, França, Itália, Japão e Nigéria. Em 1982, a maquiagem virou item obrigatório e já fazia parte dos acessórios da boneca. Foi nesse período que se iniciou a produção de bonecas para colecionadores e a fabricante de brinquedos começou a importar a BARBIE para o Brasil. E no final da década, em 1989, a boneca ganhou acessórios como sala de música, bangalô tropical e jipe de safári. Nos anos de 1990, com suas primeiras fãs atingindo a idade balzaquiana, tornou-se brincadeira de gente grande, passando a ser objeto de desejo de colecionadores. Estilistas de renome como Christian Dior, Donna Karan, Giorgio Armani, John Galliano e Bob Mackie vestiram a menina de plástico com suas luxuosas criações. BARBIE abriu esta década dirigindo uma Ferrari, se divertindo, cantando e dançando. Seus cabelos estavam mais compridos que nunca e suas roupas cada vez mais sofisticadas. Em 1992, a série da boneca de maior sucesso, Tottaly Hair Barbie (cujos cabelos iam até os calcanhares), foi lançada, vendendo mais de 10 milhões de unidades, gerando aproximadamente US$ 100 milhões em vendas no mundo todo.


No ano de 1999, em comemoração ao quadragésimo aniversário de BARBIE, a Mattel lançou uma campanha promocional global com o tema “Little Girls Need Big Dreams. Celebrating 40 Years with Barbie” (em inglês “Meninas precisam de grandes sonhos. Celebrando 40 anos com a Barbie”). No modelo comemorativo BARBIE usava um vestido preto longo com detalhes em prata e um buquê com 40 rosas vermelhas. Além disso, no decorrer desses anos foram lançadas versões românticas e baseadas em clássicos do cinema, teatro e televisão, que vestiram BARBIE e Ken como Romeu e Julieta, Star Trek, Jeannie é um Gênio e até divas como Audrey Hepburn. Em 2002, BARBIE deixou sua marca na Calçada da Fama, em Hollywood, ao lado de celebridades como Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor e Charles Chaplin. Com tanto sucesso, ela chegou à Hollywood com os filmes “Barbie e o Quebra Nozes”, “Rapunzel” e “A Princesa e a Plebeia”, entre tantos outros (até hoje já foram mais de 35 filmes e animações), e inspirou séries e diversos livros, incluindo uma biografia não autorizada. Era o auge do sucesso.


A crise dos 50 anos 
A boneca mais famosa do planeta chegou aos 50 anos no ano de 2009 em crise de identidade e com as vendas em queda, também em virtude do aumento do interesse das crianças por produtos eletrônicos. Seu estilo de vida e sua silhueta esguia - equivalente a uma mulher de 1.75 m de altura, 91.5 cm de busto, 45.7 cm de cintura e 84 cm de quadril - serviram de inspiração para centenas de milhares de meninas de todos os cantos do planeta. Todas queriam ser como ela. Aos 50 anos, contudo, a boneca loira de 29 cm sentiu o peso da idade. Em termos financeiros estava longe de ser o fenômeno de outrora. Em 2008, suas vendas caíram 9%, enquanto a comercialização das demais bonecas avançou 11%. Resultado direto do acirramento da concorrência e de diversos erros estratégicos cometidos pela própria Mattel. O principal deles foi a falta de agilidade para reagir à chegada de concorrentes mais antenadas com as aspirações da chamada geração internet. Basta acompanhar o sucesso de Bratz, uma adolescente com cabeça e pés grandes, salto plataforma e pose de atrevida. A personagem foi rapidamente assimilada pelas pré-adolescentes que a consideravam, em boa medida, e que BARBIE era coisa de criança. A direção da empresa acusou o golpe.


A Mattel então deixou de lado a postura blasé e colocou em marcha uma verdadeira operação de guerra. Afinal, a BARBIE sozinha respondia por 30% de suas vendas totais. Por isso, criou versões mais despojadas e étnicas da boneca, e colocou o perfil da boneca em mídias sociais como MySpace e Facebook. Lançou uma linha de fashion dolls bastante iradas, chamada Flavas, inspirada na cultura hip-hop. A ideia era fazer desse modelo uma “versão de combate” para deter o avanço da arqui-rival. Não deu certo. As vendas continuaram despencando ano após ano. Sem sucesso no campo mercadológico, a direção da empresa, então, mudou de tática. Ingressou na justiça contra a MGA, acusando o designer Carter Bryant, conhecido como pai da Bratz, de ter roubado o nome e o desenho da boneca do acervo da Mattel, quando trabalhou por lá. Em agosto de 2008, a MGA foi condenada a indenizar a empresa em US$ 100 milhões. Além da arena jurídica, a Mattel também reagiu no segmento das chamadas “fashion dolls”. Para marcar o cinquentenário de BARBIE, a empresa preparou um megadesfile no dia 14 de fevereiro, na prestigiosa Semana de Moda de Nova York. A escolha do local deveu-se ao fato de sua primeira aparição pública ter ocorrido em uma feira de brinquedos justamente nessa cidade. A volta à Big Apple foi em grande estilo. A Mattel convidou 50 renomados estilistas para desenharem peças inspiradas na boneca. Entre eles a americana Vera Wang, o francês Christian Louboutin, Calvin Klein, Diane Von Furstenberg e Tommy Hilfilger. Vera Wang desenhou um sofisticado vestido de noiva que custava, na versão adulta, US$ 15 mil, ou US$ 159.99, no corpo da esbelta BARBIE. Christian Louboutin, por sua vez, apresentou sapatos inspirados no universo da boneca.


As medidas adotadas pela empresa surtiram algum resultado. As vendas pelo menos estabilizaram e BARBIE voltou a conquistar um público mais infantil. Mas a grande aposta da empresa foi no licenciamento da marca BARBIE, que hoje é líder em muitos países nesse segmento, oferecendo uma incontável quantidade de produtos de alta qualidade, design e estilo de vida sintonizado com o perfil da icônica boneca. Além disso, para vencer as falsificações e enfrentar as inúmeras concorrentes, a empresa investiu pesado na diversificação e customização. São mais de 20.000 combinações possíveis desde as roupas até cor dos olhos, cabelos e acessórios.


Mas era preciso fazer mais para que BARBIE voltasse a ocupar seu lugar no trono. A boneca era criticada pelos padrões inatingíveis (se fosse de verdade, teria 45 kg e medidas de dar inveja a qualquer super modelo). Era preciso evoluir com a diversidade da sociedade de hoje. A fórmula (loira, olhos azuis, cintura fina e seios grandes), que durante décadas sintetizou o sonho americano de consumo, status e beleza, precisava ser modificada, em direção à diversidade feminina. E começou com o lançamento em 2014 do perfil de BARBIE no Instagram (@barbiestyle), que hoje conta com mais de 2.1 milhões de seguidores, o que transformou a boneca em uma espécie de “digital influencer” (influenciadora) poderosa. Hoje em dia, BARBIE tem um programa na Netflix e mais de 8 milhões de inscritos em seu canal no Youtube, produções que incluem tutoriais de maquiagem ou análises sobre por que as meninas pedem tantas desculpas. Depois, um dos primeiros alvos estéticos atacados foram os saltos: uma BARBIE com sandálias rasteiras foi lançada em 2015. A marca expandiu também sua linha de carreiras, como uma boneca juíza e outra astrofísica.


A maior revolução ainda estava por vir. Pouco depois, em 2016, a empresa lançou a linha Fashionistas, representando uma reviravolta na imagem da boneca mais famosa do mundo. Com quatro tipos de padrões corporais (tall, mais alta que a original; curvy, com coxas e quadril mais largos; petite, mais baixa que a original; além do corpo da original), as bonecas apresentavam sete tons de pele, 22 cores de olhos, 14 formatos de rosto (lábios mais grossos ou finos, narizes de diferentes tamanhos, olhos estreitos), 30 cores de cabelo (ruivos, afro, castanho longo, bicolor e até loiro com moicano) e 24 penteados diferentes (cacheados, curtos, mais volumosos, dentre outros). Afinal, fazer com que as crianças se sintam representadas por seus brinquedos é um ato social de inclusão. E parece ter dado certo: hoje, aproximadamente 55% das bonecas da marca vendidas em todo o mundo não têm cabelo loiro nem olhos azuis. Esse rebranding (estético) da BARBIE chamou tanto a atenção que foi parar na capa da revista Time, que também escreveu uma matéria sobre a importância desta mudança de padrão de corpo da boneca e o que representa para a marca. E não parou por aí.


Em 2018, a marca lançou uma campanha abrangente para ajudar as meninas a acreditarem em si mesmas e a não aceitarem estereótipos sexistas de gênero. E no começo de 2019 foi a vez de quebrar estigmas em relação às profissões com a chegada das bonecas nas versões engenheiras, cientistas e astrofísicas. Além disso, versões como cadeirante e outra com uma prótese na perna, também estrearam no mercado. Os dois novos modelos foram criados em parceria com o Hospital Infantil da UCLA e especialistas para projetar uma cadeira de rodas realista para a boneca. A empresa também incluiu uma rampa de acesso a cadeiras de roda na casa da BARBIE a partir de então. Ao completar 60 anos, em 2019, BARBIE é vista como um verdadeiro ícone de moda e cultura, que ao longo das últimas seis décadas não somente fez a alegria da criançada como também ajudou as mulheres a expandirem seu papel na sociedade moderna. E embora não tenha filhos nem marido, BARBIE é uma mulher jovem e independente que busca ser bem-sucedida em diferentes carreiras. Loira ou morena, esbelta ou cheia de curvas, negra ou branca, princesa ou presidente, a BARBIE ainda é uma favorita eterna das meninas, mesmo que tenha causado controvérsia ao longo dos anos.


A linha do tempo 
1961 
Lançamento do boneco KEN (seu nome inteiro é Ken Carson), o namorado e companheiro de BARBIE. O nome foi inspirado no filho do casal Handler. Em 2004, houve uma separação e, ele e BARBIE se tornaram apenas bons amigos. Mas isso durou apenas até 2011, quando o casal reatou o namoro. O verdadeiro Ken era homossexual, apesar de ter constituído família com uma mulher. Ele morreu vítima de um tumor cerebral em 1994. 
Introdução da BARBIE na versão enfermeira e aeromoça. 
1962 
Lançamento da primeira casinha da boneca (BARBIE DREAMHOUSE), com direito a decoração moderna e móveis finos. Depois outros modelos diferentes foram produzidos. Hoje em dia, uma casa da boneca é vendida a cada dois minutos. 
1963 
Lançamento da sua melhor amiga chamada MIDGE. Hoje, ela já tem até sua própria família: o marido Alan, o filho mais velho Ryan e a caçula Nikki. BARBIE tornou-se pediatra e cuida dos filhos da colega, que está grávida novamente. 
1964 
Lançamento da irmã chamada SKIPPER. O nome foi inspirado em outra filha do casal Handler. 
1965 
Introdução da BARBIE na versão astronauta, quatro anos antes de Neil Armstrong caminhar na lua. 
1966 
Lançamento dos irmãos gêmeos de BARBIE chamados TUTTI e TODD
1967 
Lançamento da primeira BARBIE inspirada em uma celebridade. A boneca foi baseada na modelo britânica Twiggy e possuía uma maquiagem icônica, um mini vestido amarelo, verde e azul com listras verticais e botas amarelas. 
1968 
Lançamento da primeira boneca afro-americana chamada CHRISTIE
1971 
BARBIE ganha o estilo Malibu, com direito a pele bronzeada e cabelos loiros claros. 
1973 
Introdução da BARBIE na versão médica cirurgiã. 
1976 
Lançamento da BARBIE como atleta olímpica. 
1980 
Lançamento da primeira BARBIE com traços hispânicos. 
1983 
Introdução da BARBIE na versão caixa do McDonald’s e Great Shape (com roupas de ginástica). 
1985 
Lançamento da BARBIE executiva, com computador, calculadora e cartão de crédito, ela ingressou no mundo dos negócios usando tailleur rosa, bolsa rosa e cachecol rosa. 
1986 
Introdução da BARBIE na versão estrela do rock. 
1988 
Lançamento da THERESA, uma BARBIE com feições latinas. 
● Introdução da BARBIE na versão bailarina. 
1990 
Lançamento da KIRA, a BARBIE asiática. 
1992 
Lançamento da quarta irmã de BARBIE chamada STACIE e da BARBIE candidata a presidente dos Estados Unidos. 
1993 
Introdução da BARBIE na versão policial. 
1995 
Lançamento da quinta irmã de BARBIE chamada KELLY
Introdução da BARBIE na versão bombeiro. 
1996 
Lançamento da BECKY, uma amiga paraplégica que vinha com uma cadeira de rodas. O problema é que a boneca não cabia na casa dos sonhos da BARBIE. Na verdade, não passava nem da porta. Como não poderia deixar de ser, o produto saiu de linha pouco tempo depois. 
Introdução da BARBIE na versão pediatra. 
1997 
Introdução da BARBIE na versão dentista e paleontologista. 
1998 
Lançamento da BARBIE na versão piloto da Nascar (categoria mais popular do automobilismo americano). 
1999 
Lançamento da sexta irmã de BARBIE chamada KRISSY
Lançamento da versão motoqueira (com direito a roupas de couro). 
2000 
Lançamento da BARBIE nadadora. 
BARBIE passa a ter umbigo com o lançamento do modelo JEWEL GIRL (“Garota Joia”). 
2004 
Lançamento da coleção BARBIE Contos de Fadas. 
2007 
Introdução da BARBIE na versão animadora de torcida (cheerleader). 
Lançamento no mês de julho de uma nova geração da BARBIE, uma mistura de boneca virtual com tocador de MP3. 
2008 
Lançamento da BARBIE mais cara do mundo. A boneca custava US$ 94.8 mil, trazia uma tiara, sandálias, brincos, colar, pulseira e anel adornados com diamantes. Só no vestido, havia 44 brilhantes. 
2009 
Lançamento da coleção TOTTALY TATTOOS, cujas bonecas vinham acompanhadas por várias tatuagens para serem coladas em seu corpo esbelto. 
Como parte das celebrações de seus 50 anos de vida, BARBIE ganha uma versão comemorativa em homenagem à Estátua de Liberdade. 
2015 
Lançamento da linha Shero, bonecas que celebram as heroínas que inspiram meninas quebrando fronteiras e expandindo as possibilidades para as mulheres em todos os lugares. Eram bonecas únicas criadas para cada uma das homenageadas, incluindo Ava DuVernay, Emmy Rossum, Eva Chen, entre outras. 
2017 
Lançamento da primeira BARBIE de hijab, um dos tipos de véu islâmico. A boneca era uma representação da esgrimista Ibtihaj Muhammad, medalhista olímpica em 2016 pelos Estados Unidos. Ela foi a primeira norte-americana a usar o hijab em Jogos Olímpicos. 
Lançamento do Ken em dois diferentes tipos de corpo - slim e atlético, além do original - e uma variedade de tons de pele, cores de olhos, penteados e trajes super modernos. 
2018 
Lançamento no Dia Internacional da Mulher da coleção Mulheres Inspiradoras, que homenageava personalidades como Frida Kahlo, Amelia Earhart e Katherine Johnson. 
Lançamento da BARBIE engenheira robótica para encorajar meninas a aprender programação. Vestida de calça jeans, camiseta, jaqueta jeans e usando óculos de proteção, a boneca vinha com seis lições de programação grátis e planejadas para ensinar lógica, resolução de problemas e programação por montagem de blocos. 
2019 
Lançamento da série Creatable World, onde não há elementos sexualmente distintivos nas bonecas. A BARBIE não tem seios e o Ken foi criado sem os já tradicionais ombros largos. A boneca se assemelha a uma criança de sete anos, vem com cabelos curtos e em tons de pele diferentes. O kit de personalização traz mais de 100 itens entre perucas, roupas, chapéus e óculos. 
2020 
Lançamento de uma versão cuja pele mostra manchas de vitiligo (uma condição crônica caracterizada pela despigmentação de partes da pele) e outra que vem sem cabelos (cujo objetivo é fazer com que jovens que estejam passando por problemas semelhantes também se sintam representadas).


Guarda-roupa dos sonhos 
Em matéria de guarda-roupa, BARBIE é sem dúvida imbatível. Repleto de roupas cheias de estilo, sapatos chiques, joias, acessórios modernos para os cabelos e tendências brilhantes. Em mais de seis décadas ela já esteve na pele de 200 profissionais diferentes, incluindo um uniforme militar aprovado pelo Pentágono e seis candidaturas à presidência dos Estados Unidos, além de aparecer em mais de 50 nacionalidades. Já teve mais de 25 cães, 120 cavalos, 60 gatos, 30 pôneis, 1 papagaio, 1 chimpanzé, 1 urso panda, 1 girafa, 1 zebra, entre outros animais. Já foi vestida por mais de 70 estilistas e designers famosos, o primeiro deles foi Oscar De La Renta em 1985. Seu guarda-roupa é composto por um bilhão de peças e uma de suas versões especiais, a Barbie Princesa Liana, era cravejada com 318 diamantes e foi avaliada em US$ 94.8 mil. A peça repousa com segurança no cofre da Mattel. Números que fazem inveja em qualquer mulher bem-sucedida.


Acompanhe na imagem abaixo os diversos estilos e visuais de BARBIE no decorrer das décadas.


Através dos anos 
Por mais que a BARBIE tenha sido (até poucos anos atrás) sempre alta, branca e loira, seu rosto não permaneceu o mesmo durante as últimas décadas. A boneca passou por algumas mudanças de fisionomia desde sua introdução. A primeira aconteceu em 1968 (um novo rosto com longos cílios e olhos azuis), a segunda em 1977 (ganhou traços mais suaves), a terceira em 1998 e a última (mais significativa) em 2005. As mudanças foram praticamente mínimas e incluíram a introdução de uma pequena maquiagem em seu rosto (que foi sendo afinado) e as cores de cabelo loiro, moreno e ruivo para criar uma aparência mais natural.


Na imagem abaixo é possível comparar as mudanças da boneca original para o modelo de 2015.


Uma loja cor-de-rosa 
No início do mês de março de 2009, em comemoração aos 50 anos da boneca mais famosa do mundo, a Mattel inaugurou a primeira loja-conceito da BARBIE, localizada em uma chique rua da cidade de Xangai na China. Eram quase 3.500 m² de puro rosa e glamour, em um prédio de seis andares repleto de detalhes, acessórios, doces, papelaria, brinquedos, filmes, livros, cosméticos, produtos para banho, objetos de decoração, produtos eletrônicas e infinitas roupas referentes à boneca, proporcionando um total envolvimento no mundo da BARBIE para mulheres de todas as idades. Uma escada transparente em espiral rodeada de 800 unidades da icônica boneca era o destaque central da loja, cujo projeto foi desenvolvido pela Slade Architecture. No último andar estava o restaurante e o “Bar Barbie” que contava com uma decoração em estilo casinha de boneca e um cardápio exclusivo.


A tecnologia não poderia faltar. O “Designer Center” era um ambiente onde as clientes podiam criar suas próprias bonecas exclusivas. Duas novas versões da famosa boneca foram especialmente criadas para a inauguração, uma delas com feições asiáticas. A Mattel esperava que a loja, na qual foram investidos US$ 30 milhões, e os conceitos experimentados nela, ajudassem BARBIE a ganhar força na competição com bonecas mais modernas, videogames e jogos eletrônicos, especialmente no enorme mercado chinês. Porém, a loja foi fechada pela empresa em fevereiro de 2011, acabando com o sonho de milhões de meninas e uma excelente oportunidade de criar uma experiência fantástica para suas consumidoras. Segundo a Mattel, o pouco interesse das meninas chinesas e o choque cultural (entenda-se: a boneca foi considerada muito sexy pelos padrões da recatada sociedade chinesa) foram as principais razões.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por diversas alterações no decorrer dos anos, mas nunca abandonou a cor rosa. A primeira alteração ocorreu em 1975 quando o logotipo ganhou uma nova tipografia de letra, muito mais pesada. Os anos de 1990 foram marcados por duas mudanças, em 1991 e 1999, apresentando novas tipografias de letra. Após nova modificação em 2004, quando o logotipo ganhou uma flor estilizada no lugar do pingo da letra i, abolido no ano seguinte, em 2009 a marca resolveu resgatar suas origens adotando novamente o logotipo original.


Os slogans 
You can be anything. (2015) 
Be anything. 
B who U wanna B. B-A-R-B-I-E. (2006) 
We girls can do anything. (1985) 
Imagine You’re A Barbie Girl. 
Purses and hats and gloves galore, and all the gadgets gals adore! (1959)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 9 de março de 1959 
● Criador: Ruth Handler 
● Sede mundial: El Segundo, Califórnia, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Mattel Inc. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Ynon Kreiz 
● Faturamento: US$ 1.16 bilhões (2019) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 150 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Brinquedos 
● Principais produtos: Bonecas, acessórios e licenciamento 
● Concorrentes diretos: Bratz, L.O.L., Lottie, Lammily, Moxie Girls e Monster High 
● Slogan: You can be anything. 
● Website: www.barbie.com.br 

A marca no mundo 
A boneca mais conhecida do mundo está presente em mais de 150 países, vendendo 100 unidades por minuto, aproximadamente 60 milhões de unidades anualmente. Apenas BARBIE (que hoje é comercializada em mais de 170 tipos diferentes) representa 22% do faturamento mundial da Mattel, algo em torno de US$ 1.16 bilhões (dados de 2019). BARBIE fatura alto com o licenciamento da marca, estampada em produtos diversos como artigos escolares, publicações, acessórios, roupas, artigos para casa, artigos esportivos, brinquedos, eletrônicos e até alimentos. Desde o seu lançamento, a boneca já vendeu mais de um bilhão de unidades. No Brasil, onde BARBIE detém aproximadamente 70% do segmento de fashion dolls, são importadas pela empresa mais de 1 milhão de bonecas por ano. De 1982 a 1995 a boneca foi produzida no Brasil pela Estrela

Você sabia? 
Meninas americanas entre 3 e 11 anos tem em média 10 bonecas BARBIE. Já entre as italianas e as francesas, 98% e 93% respectivamente, possuem pelo menos uma boneca BARBIE. 
A cada ano, aproximadamente 98% dos acessórios da BARBIE, da escova aos móveis da casa, são renovados. 
Playable Barbies Pink Box são as bonecas fabricadas para as crianças. As Barbies Collectibles são feitas para os colecionadores, mais detalhadas e caras. 
O primeiro animal de estimação da BARBIE foi um cavalo chamado Dancer. 
No Bicentenário da Independência dos Estados Unidos, em 1976, uma BARBIE foi colocada em uma cápsula do tempo, que só será aberta em 2076, para mostras às futuras gerações como eram as mulheres daquela época. 
Ruth Handler, considerada a “mãe da BARBIE”, morreu no dia 28 de abril de 2002 aos 85 anos, na cidade de Los Angeles. 
Em 1997 o hit “Barbie Girl”, da banda dinamarquesa Aqua, liderou as paradas. A música explora o tema da futilidade, representados na canção pela boneca da BARBIE e seu namorado Ken. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), Jornais (Meio Mensagem, Estadão, Folha e Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel, Interbrand e Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 22/4/2020

8 comentários:

Anônimo disse...

olá!!!!!!!!!!!
gostaria de saber porque não fazem roupa da babie para adultos eu seria uma consumidora nata pois sou apaixonada pelas roupas da barbie tenho uma filha de 2 anos e ela já usa barbie gostaria que me respondessem

obrigado!!!!!
kátia

Unknown disse...

Boa Tarde,

Sou Iomar Batista, fundador do Site do Empreededor - www.sitedoempreendedor.com.br . Vimos lhe dar parabéns pelo blog. Informamos que publicamos a História da Barbie em nosso site, menus história de sucesso. Cremos que isto pode contribuir mais ainda para a maior acesso ao seu blog. Futuramente poderemos ver outras de interesse do nosso público e publicá-las.
Sucesso

Iomar Batista

Unknown disse...

eu adoro a barbie sou fã numero 1 da barbie

Anônimo disse...

Amei seu blog, tudo de bom.

beijão

Anônimo disse...

Poxa queria saber se vc tem alguma boneca Barbie .Se tiver quantas e como são elas !!ADOREI seu blog!! tudo de bom pra vc !!!!!

Grecille disse...

Muito legal a história da Barbie ������ eu tenho 7 Barbies e 1 Ken acho as minhas bonecas muito fofas tenho 28 anos e sou apaixonada pela Barbie deis de criança agora depois de velha tô criando móveis e vou fazer uma casinha para elas de papelão �������� tudo inspirado na Barbie �������� tá ficando linda ❤❤❤❤❤❤����������

Grecille disse...

Amei a história da Barbie acho ela linda e até hoje sou apaixonada por ela tenho 28 anos e amo a Barbie 😍❤😘 apesar de quando eu era criança eu tinha uma Barbie que tinha ganhado de uma amiguinha a Jaqueline da rua da casa da minha avó eu me lembro até hoje 😊😊 tô com 28 anos e amo a Barbie 😍😍😍😍❤❤😍😍❤❤😘🙏❤

Aℓexandra disse...

Oie,tenho 35 anos e sou apaixonada pela Barbie.Quando criança não pude ter uma pois casa com 3 meninas era bem difícil dar para as 3.
O tempo passou,tive minha filha e pude enche-la de muito rosa,😂😂...
Com os filmes veio outra paixão!Suas roupas!Cada uma mais linda que a outra.Só não entendo pq esse mercado não é explorado!Nada contra as roupas infantis mas se a personagem é adulta poderia ter uma linha de roupas adultas com peças dos filmes para nós que crescemos mas continuamos amando Rosa🥰