12.9.18

MORGAN STANLEY


Muito mais que uma das mais respeitadas grifes do segmento financeiro americano, o banco de investimento Morgan Stanley tem uma imagem sólida e tradicional entre milhares de investidores. Desde a sua fundação tem ajudado a redefinir o significado de serviços financeiros, continuamente inovado ao assessorar seus clientes em transações estratégicas, sendo pioneiro na expansão global dos mercados financeiros e de capital e oferecendo novas oportunidades para investidores individuais e institucionais. 

A história 
Um dos mais tradicionais bancos de investimento dos Estados Unidos surgiu em meio a Grande Depressão Econômica que assolava o país na década de 1930. Para conter a terrível crise econômica o governo americano criou uma nova legislação (conhecida como Lei Glass-Steagall) que obrigou os bancos do país a dividir suas operações entre banco comercial e banco de investimento, proibindo assim que esses dois negócios ficassem sob uma única entidade controladora. Como resposta, o poderoso J.P. Morgan decidiu manter suas operações como banco comercial, e através de alguns ex-funcionários como Henry Sturgis Morgan, neto do mítico banqueiro J.P. Morgan e formado na tradicional universidade de Harvard, Harold Stanley e Perry Hall, foi fundado o Morgan Stanley para lidar com as operações relacionadas ao banco de investimento. O novo banco abriu suas portas oficialmente ao público no dia 16 de setembro de 1935, localizado no número 2 de Wall Street, em Nova York. A extensa experiência dos executivos do Morgan Stanley foi uma chave para o sucesso imediato da empresa. Com isso, os clientes iniciais incluíam quase metade das 50 maiores empresas do país, entre as quais a Exxon, a General Motors e a General Electric. Em seu primeiro ano, o banco alcançou 24% de participação de mercado (US$ 1.1 bilhões) em ofertas públicas e privadas.


Em 1938, o banco foi nomeado como subscritor líder na emissão de debêntures do governo americano. Pouco depois, em 1941, realizou uma reorganização para permitir que se aventurasse no segmento de valores mobiliários. No ano seguinte, o Morgan Stanley ingressou na Bolsa de Valores de Nova York. A Segunda Guerra Mundial praticamente paralisou o setor de valores mobiliários. Durante este difícil período, o Morgan Stanley sobreviveu com comissões de corretagem e honorários de consultoria. Após o término da guerra, o banco rapidamente restabeleceu seus relacionamentos comerciais. Entre 1951 e 1961, o Morgan Stanley esteve envolvido em uma série de financiamentos públicos. Eles incluíram o co-gerenciamento dos bônus de US$ 50 milhões do Banco Mundial, a emissão de títulos da GM no valor de US$ 300 milhões, a oferta de US$ 231 milhões da IBM e a oferta de dívida de US$ 250 milhões da AT&T. Em 1964, de forma pioneira, o Morgan Stanley criou o primeiro modelo de computador viável para análises financeiras. Em 1966 estabeleceu uma subsidiária francesa para ampliar suas operações internacionais, que gerenciou e participou de subscrições de títulos estrangeiros. Pouco depois, em 1969, o Morgan Stanley ingressou mais pesado no financiamento imobiliário quando comprou uma participação majoritária na Brooks, Harvey & Company, que atuava no ramo de assessoria e financiamento de empreendimentos imobiliários por mais de 50 anos.


O banco criou um departamento de fusões e aquisições em 1972 para ajudar seus clientes a encontrar e avaliar metas de aquisição adequadas e fornecer planejamento estratégico para concluir os negócios. No ano seguinte abriu um departamento de pesquisa e ingressou nos mercados de ações em larga escala. A divisão de gestão de ativos do Morgan Stanley, que começou em 1975, tornou-se um forte produtor de receita para o banco. E as mudanças não pararam por aí: em 1977 começou a oferecer serviços individuais de investimento para pessoas ricas e investidores institucionais menores. A década de 1980 foi marcada pela pesada concorrência no segmento enfrentada pelo Morgan Stanley, especialmente do Salomon Brothers e do Goldman Sachs, que começaram a negociar papéis comerciais, títulos lastreados em hipotecas e moedas estrangeiras. O Morgan Stanley relutou muito em ingressar nessas áreas e foi superado por seus rivais. Em 1986, buscando atender às demandas do mercado cada vez mais complexo, o Morgan Stanley abriu seu capital na Bolsa de Valores para ampliar sua base de capital. No final desta década, o tradicional banco já havia recuperado sua posição frente aos concorrentes. A década de 1990 teve início com grandes expansões na Europa e nas economias emergente. Em 1996, demonstrando grande vigor financeiro, adquiriu a empresa de fundos mútuos Van Kampen American Capital. Pouco depois, no dia 5 de fevereiro de 1997, como resultado da fusão do Morgan Stanley com a Dean Witter Discover & Co. (divisão de serviços financeiros da loja de departamento Sears Roebuck) foi adotado o nome de Morgan Stanley Dean Witter, que passou a oferecer serviços completos de títulos institucionais, gestão de patrimônios e gestão de investimentos. O banco mudou seu nome de volta para Morgan Stanley em 2001.


No final de 2006, após divulgar os lucros do 4º trimestre, o Morgan Stanley anunciou o desmembramento de sua unidade Discover Card (emissora de cartões). Durante a grave crise financeira, o Morgan Stanley supostamente perdeu 80% de seu valor de mercado entre 2007 e 2008. Isto porque o Morgan Stanley divulgou uma baixa contábil de US$ 9.4 bilhões devido a maus investimentos em dívidas relacionadas a hipotecas, o que gerou o primeiro prejuízo trimestral em seus 73 anos de história. Para sobreviver à crise, o banco recebeu grandes injeções de capital de várias instituições, como China Investment Corporation e Mitsubishi UFJ Financial Group, o maior banco do Japão. Além disso, o Tesouro Americano fez US$ 10 bilhões em investimentos de capital no Morgan Stanley como parte do resgate do governo para instituições financeiras com problemas. Pouco depois, em 2009, o Morgan Stanley fez uma joint-venture com o Citigroup, formando o Morgan Stanley Smith Barney, então maior banco de investimento do mundo com 18.000 corretores de valores e ativos superiores a US$ 1.7 trilhões. Em junho de 2013, o Morgan Stanley concluiu a compra da participação de 35% do Citigroup na unidade de corretagem Smith Barney.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. Em 1997, após a fusão com a Dean Witter, foi apresentada uma nova identidade visual, que no ano de 2000 passou por uma atualização. Pouco depois, em 2001, o banco voltou a se chamar apenas Morgan Stanley e adotou um novo logotipo. A atual identidade visual da marca foi apresentada em 2006 e ganhou uma aparência mais limpa e sóbria.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 16 de setembro de 1935 
● Fundador: Henry Sturgis Morgan, Harold Stanley e Perry Hall 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Morgan Stanley & Co. 
● Capital aberto: Sim 
● Chairman & CEO: James P. Gorman 
● Presidente: Colm Kelleher 
● Faturamento: US$ 37.9 bilhões (2017) 
● Lucro: US$ 7.1 bilhões (2017) 
● Valor de mercado: US$ 83.2 bilhões (setembro/2018) 
● Valor da marca: US$ 8.205 bilhões (2017) 
● Funcionários: 57.600 
● Presença global: 42 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Gestão de patrimônio e investimentos 
● Concorrentes diretos: Goldman Sachs, Merrill Lynch, UBS, J.P. Morgan, Charles Schwab, Credit Suisse e Citibank 
● Slogan: World wise. 
● Website: www.morganstanley.com 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca MORGAN STANLEY está avaliada em US$ 8.205 bilhões, ocupando a posição de número 63 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. 

A marca no mundo 
Atualmente o banco de investimento Morgan Stanley opera em 42 países, possuí mais de 1.300 escritórios e 57.600 funcionários ao redor do mundo. Com faturamento superior a US$ 37.9 bilhões em 2017, oferece gestão de ativos e investimentos, além de corretagem para governos, instituições financeiras e pessoas físicas. Hoje em dia o Morgan Stanley, sexto maior banco do mercado americano em termos de ativos, gerencia ativos no valor de US$ 850 bilhões. 

Você sabia? 
O Morgan Stanley perdeu treze funcionários durante os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001: Thomas F. Swift, Wesley Mercer, Jennifer de Jesus, Joseph DiPilato, Nolbert Salomon, Godwin Forde, Steve R. Strauss, Lindsay C. Herkness, Albert Joseph, Jorge Velazquez, Titus Davidson, Charles Laurencin e o diretor de segurança Rick Rescorla. 
Nos últimos anos, o Morgan Stanley atuou como subscritor em alguns dos maiores IPOs (sigla para abertura de capital) de tecnologia, incluindo Netscape, Cisco, Broadcom, VeriSign, Groupon, Salesforce, Compaq e Google


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 12/9/2018

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