30.7.06

COSMOPOLITAN


Por suas páginas, a revista COSMOPOLITAN retrata uma mulher em busca de autoconhecimento, da afirmação no trabalho e da satisfação sexual. É aquela mulher que deseja crescer em todos os sentidos, trocando experiências afetivas e explorando seu potencial como mulher e profissional. Com uma filosofia de que é preciso despertar na leitora a auto-imagem de uma mulher que confia em si, que é capaz, de romper preconceitos e ser feliz, a revista se tornou uma referência para milhões de mulheres no mundo durante gerações. 

A história 
A COSMOPOLITAN, ou simplesmente COSMO, como algumas de suas fiéis leitoras gostam de chamá-la, uma das mais chiques e respeitadas revistas femininas de todos os tempos, foi lançada no mercado americano no longínquo ano de 1886 pela Schlicht & Field. Em sua primeira edição, Paul Schlicht, principal idealizador da revista, contou aos leitores que sua intenção era fazer uma revista familiar. A revista adotou inicialmente o nome THE COSMOPOLITAN. Em seu primeiro ano a nova revista vendeu 25 mil exemplares. Pouco depois, em 1888, E.D. Walker assumiu o cargo de editor e promoveu grandes inovações como a inserção de ilustrações coloridas, o jornalismo investigativo e a opinião/crítica sobre livros. Em apenas quatro anos de existência a revista se tornou líder do mercado americano e um sucesso entre as famílias.


Depois de passar por várias mãos e ver suas vendas caírem drasticamente na década de 1950, a COSMOPOLITAN foi totalmente reformulada em 1965 pelas mãos da editora-chefe Helen Gurley Brown, uma ex-secretária e autora do livro Sex and the Single Girl (“O Sexo e as Solteiras”, em português), um manifesto que deu o pontapé inicial na revolução sexual das mulheres, tornando-se exclusivamente uma revista feminina, com capas que utilizavam mulheres sensuais vestindo biquínis ou vestidos curtos. Em um cenário de pós-guerra, no qual as mulheres começavam a trabalhar fora, a COSMOPOLITAN, abordando assuntos relacionados à carreira profissional, independência e relacionamentos do universo feminino, foi a primeira revista que começou a tratar a mulher como indivíduo, enquanto as outras publicações a colocavam sempre como donas de casa e esposas.


Rapidamente a COSMOPOLITAN se tornou famosa, especialmente por seus editoriais, que promoviam uma conversa entre as editoras da revista e as leitoras, mostrando assim, a posição da revista em relação a assuntos veiculados ao universo feminino. Com a mentalidade da mulher em transformação, os anseios de emancipação mostravam-se presentes na revista. Apostando que os interesses e preocupações das mulheres em todas as partes do mundo eram semelhantes, a revista começou sua expansão internacional em 1972, quando lançou a edição inglesa com grande sucesso, vendendo mais de 35 mil exemplares.


Nesse período discussões em torno das pílulas contraceptivas, feminismo e tabus da sexualidade estavam passando por rupturas no Brasil. Havia assim, a necessidade de um veículo dirigido às mulheres com assuntos ligados a sexo e sexualidade. Essa temática, então, passou a assumir, lentamente, espaços dentro da imprensa feminina. Foi então, que em 1973, a revista chegou ao Brasil pelas mãos da Editora Abril, que percebendo uma lacuna no mercado editorial para o público feminino entre vinte e trinta anos, resolveu apostar em uma nova revista. A revista chegou propondo trabalhar com esse novo tema, voltada para uma nova mulher (daí a escolha do nome NOVA/COSMOPOLITAN). A revista foi uma das primeiras a tratar de assuntos polêmicos e a quebrar tabus sobre o comportamento feminino. Nesta época, falar de sexo no Brasil era tabu e a revista teve o papel de desmistificar o tema, trazendo à tona a sexualidade da mulher. Suas matérias buscavam informar sobre beleza, moda, sexo e comportamento. Entretanto, seu diferencial estava na maneira aberta em que tratava a sexualidade e a imagem que começava a construir uma nova mulher. Em 2015 adotou oficialmente o nome COSMOPOLITAN e passou a utilizar o logotipo usado em todo o mundo. Porém, em agosto de 2018, com a grave crise financeira enfrentada pela editora, o grupo Abril anunciou o encerramento de vários títulos, entre os quais a revista COSMOPOLITAN.


Na década de 1980 a COSMOPOLITAN foi lançada em muitos outros países, fazendo enorme sucesso com sua edição japonesa. Em 2002, a bela Halle Berry se tornou a quinta mulher negra a surgir na capa da revista. Nos últimos anos, com a enorme revolução ocorrida no segmento de editoração de revistas, a COSMOPOLITAN investiu pesado em sua presença nos meios digitais e, principalmente, redes sociais, onde é uma das marcas mais atuantes do segmento. No início de 2018, a atriz Laverne Cox, que é uma mulher transgênero, estampou a capa da edição sul-africana da COSMOPOLITAN pela primeira vez em 132 anos. Atualmente, a revista se dirige a mulheres mais jovens, solteiras e que trabalham fora de casa. É uma revista constituída de textos, fotos, ilustrações e publicidades voltadas para o universo feminino que aborda assuntos como relacionamentos, sexo, saúde, carreiras, auto-conhecimento, celebridades, moda e beleza. Diferentemente de outras revistas, não aborda assuntos relacionados à família, filhos, etc. Sua temática sempre está ligada a nova realidade da mulher, que acumula funções e preocupações. Seja no campo profissional, nos estudos e nos cuidados pessoais. É definitivamente o guia para as mulheres jovens que criam carreiras, desenvolvem seu estilo individual e encontram seu lugar na sociedade.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. Inicialmente batizada de THE COSMOPOLITAN, alguns anos depois foi retirado o “THE” de seu logotipo.


Nos anos seguintes a identidade visual da marca foi sendo modernizada até adotar o logotipo atual (cuja cor oficial é a rosa) no final da década de 1990.


Acompanhe na imagem abaixo a evolução do design das capas da revista ao longo dos anos.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 1886 
● Criador: Paul Schlicht 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Hearst Communications Inc. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Troy Young 
● Editora-chefe: Michele Promaulayko 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Assinantes: 3 milhões 
● Edições internacionais: 64 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Mídia 
● Principais produtos: Revistas femininas 
● Concorrentes diretos: Marie Claire, Elle, Vogue, Glamour, Vanity Fair e InStyle 
● Ícones: As capas 
● Slogan: Fun, fearless, female. 
● Website: www.cosmopolitan.com 

A marca no mundo 
A revista feminina líder no mundo, vende mensalmente aproximadamente 6 milhões de exemplares, sendo produzida em 64 diferentes edições internacionais em 35 idiomas e distribuída em mais de 100 países ao redor do mundo. Com mais de 3 milhões de assinantes no mundo, somente no mercado americano as vendas superam a marca de 2.5 milhões de unidades todos os meses. A COSMOPOLITAN é extremamente ativa nos meios digitais: o site atinge mais de 35 milhões de usuários únicos por mês, além de contar com forte presença nas mídias sociais, onde possui mais de 15 milhões de seguidores. 

Você sabia? 
Somente nos Estados Unidos a COSMOPOLITAN alcança 18 milhões de leitoras por mês. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), jornais (Meio Mensagem e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 5/9/2018

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