25.5.09

LINKEDIN


Se você é um dos milhares de desempregados em virtude da crise mundial, está descontente com seu emprego atual ou quer uma melhor oportunidade em sua carreira, provavelmente sua melhor opção seja o LinkedIn. A natureza humana é tal, que é sempre mais fácil conseguir um emprego com um conhecido do que com uma pessoa completamente estranha. É justamente por isso que a ferramenta de rede profissional LinkedIn tem o poder de expandir o universo de quem você conhece. O LinkedIn existe para ajudar as pessoas a aproveitar ao máximo sua rede de contatos profissionais. O principal objetivo é conectar profissionais de todo o mundo e ajudá-los a progredir em suas carreiras. 

A história 
A história começou quando Reid Hoffman (foto abaixo) e Konstantin Guericke, formados pela tradicional Universidade de Stanford, começaram a planejar sua própria rede de contatos profissionais online no final da década de 1990. No dia 28 de dezembro de 2002, juntamente com Allen Blue, Eric Ly e Jean-Luc Vaillant, eles fundaram oficialmente o LinkedIn na cidade de Mountain View na Califórnia. Rapidamente, no dia 5 de maio de 2003, a nova rede social foi colocada no ar. Diferentemente das inúmeras redes sociais disponíveis no mercado na época, como por exemplo, Orkut, MySpace e Facebook, o LinkedIn foi criado especialmente para relacionamentos profissionais - encontrar um emprego, descobrir malas diretas, entrar em contato com possíveis parceiros de negócios - e não apenas para fazer amigos ou compartilhar fotos, vídeos e músicas. O perfil criado pelos usuários do LinkedIn assemelhava-se a um currículo profissional. O foco estava no histórico acadêmico e profissional, e não na lista de passatempos e filmes preferidos. Para preencher a página do perfil, o usuário começaria criando registros separados para seus empregos atuais e anteriores - cargo, empregador, ramo de atividade, período e uma breve descrição das atividades realizadas. Inicialmente os cinco fundadores convidaram 350 pessoas de sua lista de contato profissional a participarem da nova rede social.


Discreta e voltada para profissionais que desejavam ampliar sua rede de contatos, a comunidade foi um sucesso desde o início e, no fim do primeiro mês de operação, já possuía mais de 4.500 usuários, que utilizavam a rede para trocar informações, conhecimentos, ideias, novidades e oportunidades de trabalho. Rapidamente o novo negócio despertou o interesse de grandes fundos de investimento como o Sequoia Capital, que no mês de outubro fez um aporte de US$ 4.7 milhões no promissor empreendimento. O novo negócio encerrou o ano com mais de 81.000 usuários, 14 funcionários e uma grande surpresa: mais da metade de seus usuários vinham de fora dos Estados Unidos. Em abril de 2004, antes de completar um ano de vida, o LinkedIn atingiu a marca de 1 milhão de usuários. Ainda neste ano a empresa recebeu novos investimentos da ordem de milhões de dólares, encerrando o período com mais de 1.6 milhões de usuários. Em 2005 a empresa introduziu novos serviços como o LinkedIn Jobs (que ajudava ao usuário utilizar sua rede de contatos para conseguir novas oportunidades de trabalho), além de lançar o sistema de assinatura pago de seus serviços. O LinkedIn atingiu rentabilidade em março de 2006.


Com mais de 15 milhões de usuários em outubro de 2007, o LinkedIn se tornou uma das redes sociais online que mais crescia no mundo. O movimento cresceu 323% de julho de 2006 a julho de 2007, tornando o LinkedIn o principal lugar online de destino dos relacionamentos profissionais. Neste ano muitas novidade foram introduzidas como o Blog corporativo, a possibilidade de inserir fotografia no perfil, o LinkedIn Answers (permite que usuários da rede troquem informações sobre assuntos de seu interesse, sendo uma boa forma de se manter em dia com os assuntos de uma determinada área profissional) e a loja online da marca. No ano seguinte, com a explosão do número de usuários, que atingiu mais de 33 milhões, o LinkedIn lançou novos produtos como o serviço para dispositivos móveis (LinkedIn Mobile), ferramentas especialmente voltadas para recrutadores, a versão em espanhol do site, novos aplicativos, além de inaugurar seu primeiro escritório internacional na cidade de Londres. No início de 2011, após atingir a marca de 100 milhões de usuários, o Linkedin criou uma página na internet para reproduzir histórias de sucesso para que seus membros contem como a rede social os ajudou com novos contatos no mundo dos negócios. Pouco depois o LinkedIn foi lançado no Brasil com sua versão em português.


No dia 19 de maio de 2011, a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores, sendo a mais bem-sucedida de uma empresa de internet dos Estados Unidos desde a do Google, em 2004. Pouco depois, em outubro de 2012, foi lançado o programa LinkedIn Influencers, que apresenta líderes globais que compartilham suas ideias profissionais com os usuários da plataforma. Atualmente são mais de 750 influenciadores (convidados) e apresenta líderes de uma variedade de segmentos de negócios, incluindo Sir Richard Branson, Martha Stewart e Bill Gates. Em meados de 2015 continuou adicionando serviços diferentes à sua plataforma para expandir a maneira como as pessoas a usam, como por exemplo, uma ferramenta de análise de publicação, que permite aos autores rastrearem melhor o tráfego que suas postagens recebem.


Tanto sucesso chamou a atenção da Microsoft, que comprou o LinkedIn no dia 13 de junho de 2016 por US$ 26.2 bilhões, a maior aquisição da história da empresa. Segundo a Microsoft, o ritmo de crescimento e a diversificação de produtos do LinkedIn foram essenciais para chamar a atenção da criadora do Windows. Com isso, uniu o maior serviço de nuvem profissional do mundo com a maior rede profissional do mundo. No dia 22 de setembro desse ano a empresa lançou mais um de seus serviços: LinkedIn Learning, uma ferramenta digital que oferece cursos para que os profissionais possam desenvolver e atualizar suas habilidades. Disponível em 5 idiomas, possui mais de 15 mil cursos globais e também formação em português, com mais de 100 cursos. Ao concluir um curso (que pode ser gratuito ou pago), o participante recebe um certificado, que também fica visível em seu perfil no LinkedIn. Em 2019, mais uma novidade: o botão de like (curtir) passou a ser acompanhado dos botões celebrate (celebração, semelhante a palmas), Love (amou), insightful (me deu boas ideias) e curious (curioso) para os usuários expressarem o que acharam da postagem. Isso significa que, agora, há maior diversidade de reações, favorecendo ao público interessado em maneiras mais expressivas para concordar ou não com as postagens. O LinkedIn tem como principal missão: conectar profissionais do mundo todo, tornando-os mais produtivos e bem-sucedidos. Para isso, a empresa busca criar oportunidades para os colaboradores dos mais diferentes setores.


O funcionamento 
O principal propósito do site é permitir que usuários registrados possam manter uma lista detalhada de contatos de pessoas que eles conheçam em empresas. As pessoas nessa lista são chamadas de conexões. Os usuários podem convidar qualquer um (seja um usuário LinkedIn ou não) para tornar-se uma conexão. Esta lista de conexões pode então ser usada de várias maneiras: 
● Uma rede de contatos acumulada, constituída de suas ligações diretas, de segundo grau, terceiro e assim por diante, facilita o conhecimento de alguém através de seus contatos mútuos. 
● Isso pode ser usado para encontrar trabalhos, pessoas, oportunidades recomendadas por qualquer um na sua rede de contatos, ou simplesmente compartilhar experiências profissionais, fortalecer a imagem e estar por dentro de tudo que acontece no mundo dos negócios. 
● Empregadores podem listar trabalhos e buscar por candidatos potenciais. 
● Todos os candidatos a emprego podem rever o perfil de contratação e descobrir qual dos seus contatos existentes poderia apresentá-lo aos empregadores.


O sucesso 
Longe do espírito voltado ao lazer, comum nos serviços de relacionamento e comunidades, o LinkedIn permite criar uma rede de contatos profissionais, facilitando a busca de referências e indicações para empregos. O serviço também é útil para manter contato com ex-colegas de faculdade e de trabalho, além de trazer recursos úteis, como avisos por email de mudanças de dados dos contatos e uma barra para o Outlook, que facilita a elaboração de mensagens para membros do LinkedIn. A grave crise mundial que assolou o mundo transformou o LinkedIn na mais recente sensação do mundo virtual. De meados de 2008 para cá, a comunidade registrou quase dois novos usuários por segundo. Voltada exclusivamente para networking profissional, a rede virou alvo de milhões de executivos desempregados. O repentino interesse é facilmente explicado: o site é uma das principais ferramentas de empresas headhunters do mundo inteiro. Frequentada por CEOs das maiores empresas do mundo, como Jerry Yang, fundador do Yahoo, e Larry Ellison, CEO da Oracle, a rede ganhou grande visibilidade no meio empresarial.


Enquanto os novos usuários entram em busca de empregos, os altos executivos a utilizam como fonte de informações. Mas o LinkedIn realmente ganha dinheiro com quatro divisões de negócios: 
Talent Solutions, através da qual recrutadores e corporações pagam por páginas de marcas e listagens de carreiras, anúncios de emprego direcionados por pagamento por clique e acesso ao banco de dados de usuários e currículos do LinkedIn. 
Marketing Solutions, ferramenta onde os anunciantes pagam por anúncios segmentados por clique. 
Assinaturas Premium, através das quais os usuários podem pagar por serviços avançados, como LinkedIn Business, LinkedIn Talent (para recrutadores), LinkedIn JobSeeker e LinkedIn Sales para profissões de vendas. 
Learning Solutions, onde usuários podem aprender várias habilidades relacionadas à sua função profissional ou objetivos pessoais de aprendizado com cursos online.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas remodelações ao longo dos anos. A primeira renovação da identidade visual aconteceu em 2011 e passou quase imperceptível: uma pequena alteração na tipografia de letra. Em 2019 a marca atualizou seu logotipo adotando somente a cor azul (em tonalidade levemente mais clara que a anterior).


Os slogans 
Connect to opportunity. 
Connecting the world’s professionals to make them more productive and successful. 
Relationships Matter.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 5 de maio de 2003 
● Criador: Reid Hoffman, Allen Blue, Jean-Luc Vaillant, Konstantin Guericke e Eric Ly 
● Sede mundial: Sunnyvale, Califórnia, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: LinkedIn Corporation 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Microsoft Corporation
● Chairman: Reid Hoffman 
● CEO: Jeff Weiner 
● Faturamento: US$ 5.3 bilhões (2019) 
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 4.836 bilhões (2019)  
● Usuários: 660 milhões 
● Acessos: 58º site mais visitado da internet 
● Presença global: 200 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 15.000 
● Segmento: Tecnologia e comunicação 
● Principais produtos: Rede social para contatos profissionais 
● Concorrentes diretos: Xing, Career Builder, Indeed, ZipRecruiter, Viadeo, AngelList e Monster 
● Slogan: Connect to opportunity. 
● Website: br.linkedin.com 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca LinkedIn está avaliada em US$ 4.836 bilhões, ocupando a posição de número 98 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.

A marca no mundo 
Atualmente o LinkedIn, disponível em aproximadamente 25 idiomas como inglês, português, francês, italiano, espanhol, alemão e mandarim, possui mais de 660 milhões de usuários (dos quais 25% são americanos) em 200 países e territórios do mundo. Os países com maior número de usuários são Estados Unidos, Índia, China, Brasil (com mais de 35 milhões de usuários) e Reino Unido. Estão listados no LinkedIn mais de 11 milhões de empregos. O LinkedIn, que emprega mais de 15 mil pessoas, é uma empresa com um modelo de negócios diversificado, onde a receita provém de assinaturas, vendas de publicidade e de soluções de recrutamento. Os principais executivos e grandes empresas hoje possuem um perfil no LinkedIn. Atualmente mais de 30 milhões de empresas possuíam perfis na rede social. Com sede na cidade californiana de Sunnyvale, o LinkedIn conta com 33 filiais espalhadas por cidades como San Francisco, Chicago, Nova York, Washington, Omaha (Nebraska), Amsterdã, Dublin, Londres, Paris, Madri, Sydney, São Paulo, Toronto, e Mumbai. 

Você sabia? 
Atualmente, o LinkedIn conta com aproximadamente 50 milhões de usuários estudantes ou recém-formados (considerado pessoas que se formaram por uma universidade nos últimos cinco anos) em todo o mundo. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 24/11/2019

2 comentários:

KàáH disse...

Adorei o post... mas somente pra atualizar, segundo o Jornal Negócios o Linkedin possui ações na bolsa desde maio de 2011.

Stella Hoff disse...

Poderia me passar a bibliografia completa pra eu poder usar essas informações no meu tcc?
Obrigada