5.10.09

BUSCAPÉ


Cada vez mais, nosso tempo é precioso e cada segundo pode valer muito. Nesse turbilhão do dia a dia, o Buscapé acredita que as pessoas podem comprar de maneira assertiva, economizando tempo e dinheiro. Para isso, todos os dias, milhões de ofertas são capturadas em diversas lojas para o consumidor realizar sua compra com a maior economia e facilidade. O Buscapé não é uma loja, apenas auxilia o consumidor a fazer a melhor compra através de informação rápida e fácil sobre produtos, preços e lojas, prestando um serviço gratuito para que ele não perca tempo. O Buscapé trabalha para dar poder a você, consumidor. 

A história 
A ideia de criar o primeiro site de comparação de preços da internet brasileira aconteceu por acaso. Tudo começou quando Rodrigo Borges queria comprar uma impressora pela internet, mas não conseguiu fazer uma pesquisa por falta de informações disponíveis na internet, o que obrigava o consumidor a passar horas em frente ao computador, abrindo páginas de sites de lojas diferentes, ou também a visitar as lojas físicas e na falta de acesso, a única ferramenta era o contato telefônico, onde lojistas demoravam para acessar seus preços praticados em razão da grande variedade de produtos. O empecilho se tornou uma oportunidade de negócios. Em 1999, ele, juntamente com dois outros colegas do curso de engenharia elétrica da Faculdade Politécnica da USP, Romero Rodrigues e Ronaldo Takahashi, e mais Mário Letelier, que estudava administração na Fundação Getúlio Vargas, resolveram desenvolver e criar o Buscapé.



Os quatro amigos se reuniram em uma pequena sala de um edifício, investiram dinheiro em três computadores pessoais e R$ 4.800 reais, e começaram a ligar para várias empresas oferecendo o software Spider, desenvolvido por Rodrigo Borges. Mas os jovens empreendedores não sabiam que seria tão difícil convencer os varejistas a disponibilizar a lista de seus preços. A saída encontrada foi afiliar e licenciar a ferramenta para lojas que estavam começando, como por exemplo, Magazine Luiza, despertando assim o interesse de outras varejistas. Após muito esforço, o lançamento ocorreu no mês de junho de 1999, quando o site foi ao ar com 35 lojas cadastradas. O nome da empresa inicialmente seria QuantoCusta, se já não estivesse registrado. Após uma longa e difícil discussão, Rodrigo Borges, tinha listado em vigésimo lugar a palavra Buscapé (nome regional de um tipo de bomba da família de fogos de artifícios, geralmente usadas em festas juninas). No primeiro mês, aproximadamente 55 mil usuários acessaram o novo site. De repente, com a bolha da internet e o crescimento do comércio eletrônico no Brasil, a empresa conseguiu atrair investidores. O primeiro investimento realizado, proveniente de um grupo de empresários brasileiros, foi de US$ 500 mil, em setembro do mesmo ano.


Logo depois do conhecido estoura da bolha da internet, em junho de 2000, a empresa recebeu um investimento de US$ 3 milhões do banco Merrill Lynch e do Unibanco. Pouco tempo depois, o site passaria a cobrar uma taxa por clique efetuado pelos internautas em seus produtos. Nos próximos cinco anos o Buscapé cresceria em um ritmo consistente, atingindo em 2005 a marca de 1.500 lojas cadastradas e 8.2 milhões de usuários por mês. Nesse mesmo ano o fundo de investimento americano Great Hill comprou participação de alguns investidores. Em 2006, após a aquisição do Bondfaro, seu principal concorrente no mercado, as receitas anuais da empresa eram de aproximadamente R$ 30 milhões. Ainda nesse ano ocorreram os lançamentos do Que Barato! (um site de que permite anunciar, vender e criar pequenas lojas sem pagar nada) e do CortaContas (primeiro site de comparação de produtos e serviços financeiros da América Latina, que permite simular, cotar e comparar ofertas de cartões de crédito, financiamentos, consórcios, seguros, previdência e tarifas bancárias). Em julho de 2007 a empresa comprou o e-bit, empresa de análises do mercado de comércio eletrônico.


Pouco depois, no início de 2008, a empresa líder em gerenciamento de transações online, Pagamento Digital, teve 85% de seu capital adquirido pelo Buscapé. Ainda este ano a empresa criou o Confiômetro, um espaço onde o consumidor podia expressar sua opinião em relação ao atendimento, compra e venda de produtos ou serviços. Estas opiniões eram enviadas, via email, às empresas que poderiam respondê-las a qualquer momento. A partir desse momento, o grupo de empresas que começa a se formar passa a atuar em mais um estágio da cadeia do e-commerce. Paralelamente ao crescimento no mercado interno, a empresa deu início a uma forte expansão internacional. Em março de 2009 foi lançada a Lomadee, uma plataforma de publicidade online que viabiliza parcerias entre veículos online e anunciantes. Com mais de 75.000 sites cadastrados no Brasil oferece todas as soluções para a maximização da receita do site e aumento dos ganhos mensais aos afiliados. Pouco depois, no dia 30 de setembro, a empresa fechou uma das maiores negociações da história da internet brasileira. Foi a mais relevante, pelo menos, desde o estouro da bolha da internet, no início do século. O Buscapé recebeu US$ 342 milhões por 91% de suas ações. A cifra, digna de transações de países desenvolvidos, foi desembolsada pela empresa sul-africana Naspers, maior grupo de mídia da África e acionista da Editora Abril. A negociação contribuiu para a internacionalização da marca, que ganhou força necessária para alcançar novos mercados.


Com os sul-africanos no controle, em setembro de 2010, o Buscapé deu mais um golpe certeiro. A empresa adquiriu o ZipMe, centralizador de ofertas de sites de compras coletivas e de clubes de compras do Brasil. Com o negócio, o Buscapé se tornava um grupo de internet. Em virtude disso, no ano seguinte, o Buscapé iniciou a construção de uma plataforma de marcas e mudou sua identidade visual para integrar as 14 empresas do grupo. Com o mote “Poder do Consumidor”, proposta universal da empresa de dialogar com os usuários e lhes oferecer maior poder de decisão de compra, tanto no meio virtual quanto no espaço físico, a empresa pretendia atingir todos os públicos. Em 2012, após um extenso processo de branding, o Pagamento Digital dá lugar ao Bcash, que se torna uma solução de pagamento online completa, oferecendo diversos produtos para o comércio eletrônico. Outra novidade do ano foi o lançamento da nova versão do aplicativo do Buscapé. A atualização, além das melhorias nos serviços e na navegação, permitia que as pessoas comprassem diretamente do aplicativo, utilizando o botão “Comprar Agora” e uma conta Bcash, recentemente integrado à PayU, também da Naspers. No ano seguinte, o botão “Comprar Agora” apareceria também no site, possibilitando a compra em algumas lojas sem sair do Buscapé. Atualmente o Buscapé vem passando por uma reestruturação, continua com o comparador de preços, mas, desde junho de 2017, tornou-se também um marketplace, ou seja, um site que vende produtos de diferentes lojas, de roupas e calçados a eletro-eletrônicos.


Hoje em dia, o Buscapé Company é a evolução do consumo. Uma plataforma digital completa que reúne marcas envolvidas nas diversas etapas de uma compra digital com um único objetivo: potencializar as relações de consumo de maneira sustentável, proporcionando a melhor experiência de compra. Isso é digital commerce total. É o prazer do consumo inteligente.


Como funciona 
Os preços são atualizados através de um software desenvolvido pela empresa. É através desse software que todos os produtos e preços das lojas e outras empresas são trazidos para um banco de dados. Ele percorre em segundos, centenas de lojas trazendo as características dos produtos e os preços praticados. O banco de dados é atualizado diariamente ou de 6 em 6 horas, dependendo da loja. O Buscapé procura estabelecer parcerias comerciais com as lojas, através de pagamento por clique ou publicidade para viabilizar o serviço gratuito ao consumidor. Atualmente reúne em apenas uma página da internet todas as lojas mais importantes de comércio eletrônico, incluindo Americanas, Extra, Saraiva, Pernambucanas, exibindo os preços, facilidades de pagamento, endereço e contato das lojas, além de filtros de busca para que o usuário busque e pesquise o menor preço. Só o Buscapé compara preços de combustíveis, tarifas bancárias, alimentos, entre outras categorias exclusivas. São mais de 32 categorias à escolha do consumidor. É um serviço totalmente gratuito onde os usuários podem avaliar produtos e empresas, assistir a vídeos demonstrativos de produtos, receber alerta de preços baixos por email ou celular, receber newsletter informativas de promoções, ler ficha técnicas de produtos e ainda, a diferenciação inicial do lançamento do site, a comparação de produtos lado a lado, para que na hora da decisão da compra, o cliente obtenha um resultado satisfatório.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma grande remodelação em sua história. Isto aconteceu em 2011, quando o Buscapé apresentou sua nova identidade visual. O nome brasileiro, que em pesquisa mostrou reconhecimento e diferenciação, foi reforçado: Buscapé (buscar + pé) significa peça de fogo de artifício, que vira e serpenteia pelo chão. O conceito do pé (pegada) – que busca a nova oferta – substituiu a seta presente na marca anterior. Já o acento era a principal novidade do logotipo. O símbolo remete à ascendência e representa poder, maturidade e propriedade. Para a fonte, foi escolhida uma tipografia sem serifas e com traços arredondados, conferindo contemporaneidade à marca. As transformações visuais buscavam aproximar a marca dos consumidores e pretendiam transmitir uma imagem de empresa sólida, experiente e sempre capaz de inovar.


Além disso, para distinguir a empresa de seu principal serviço, o site de comparação de preço, foi apresentada também uma nova identidade corporativa, que ganhou um logotipo amigável e bem-humorado. 


Os slogans 
Dá Um Busca. (2013) 
Poder do Consumidor. (2011) 
Busca inteligente, compra consciente. (2009) 
Compare produtos, lojas e preços. 
Líder em comparação de preços na América Latina.


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: Junho de 1999 
● Fundador: Romero Rodrigues, Rodrigo Borges, Ronaldo Takahashi e Mário Letelier 
● Sede mundial: Santana de Parnaíba, São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Buscapé Company 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Naspers Limited) 
● CEO: Sandoval Martins 
● Faturamento: R$ 300 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 10 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 350 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Comparação de preços 
● Concorrentes diretos: Google Shopping, Zoom, JáCotei, Twenga e Shopping UOL 
● Slogan: Dá Um Busca. 
● Website: www.buscape.com.br 

A marca no mundo 
Atualmente, o Buscapé possui mais de 65 mil lojas cadastradas (aproximadamente 10 milhões de produtos) e recebe a visita de 24 milhões de acessos por mês. A empresa tem atuação internacional em países como Argentina, México, Peru e Venezuela, e possui marcas atuantes em todo o momento de compra do consumidor, além de parcerias em shoppings que contratam o serviço de comparação de preços. Aproximadamente 15% de seu faturamento é originário da América Latina. 


Você sabia? 
A receita da empresa é gerada pela quantidade de cliques em produtos e a conversão feita após o clique do consumidor na loja (representa 85% da receita do grupo) ou então pela publicidade do site que viabiliza o serviço ao consumidor (ações de branding, banner em sites afiliados, banner de promoções em canais como Terra e Yahoo!). 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e Época Negócios), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).

Última atualização em 16/11/2017

2 comentários:

Angela Bispo disse...

Ótimo blog. Parabéns!

Kleber Rodrigues disse...

Excelente matéria, Blog melhor ainda, meus sinceros parabéns!