24.8.06

CRUZ VERMELHA

A CRUZ VERMELHA dedica-se em todo o mundo a proteger a vida humana e promover a paz duradoura. Os membros deste Movimento ajudam as pessoas afetadas pelos conflitos armados, catástrofes naturais e outras tragédias humanas, protegendo as vítimas e a dignidade humana, aliviando o sofrimento.
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A história
A mais popular e conhecida organização humanitária surgiu como resultado direto dos esforços do comerciante suíço Jean Henri Dunant. Durante uma viagem de negócios pela Itália, em junho de 1859, ele testemunhou a Batalha de Solferino, no norte da Itália, um violento e sangrento conflito, que durou apenas dezesseis horas, entre tropas austríacas e francesas (com a ajuda dos piemonteses), que resultou em quase 40 mil mortes e feridos graves. Naquela época, não existiam organizações destinadas a atender os soldados ou a população atingidos em conflitos. Quem fazia esse tipo de assistência eram os próprios sobreviventes. Impressionado com a tragédia, ele organizou os serviços para atender e socorrer os feridos de ambos os lados com o auxílio de civis das vilas vizinhas, providenciando assistência com os recursos que possuía a disposição.
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Três anos depois, ele publicou o livro “Un Souvenir de Solférino” (“Uma Lembrança de Solferino”), no qual relatava sua experiência e sugeria a formação de sociedades voluntárias com enfermeiros para ajudar e proteger os feridos de guerra, e que os mesmos fossem reconhecidos e protegidos por meio de acordo internacional. O livro despertou a opinião pública européia para o problema. Estas idéias levaram rapidamente à criação do Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos, que mais tarde se transformou no Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O próximo passo foi reunir um comitê no dia 17 de fevereiro de 1863. O grupo foi constituído por integrantes suíços - o advogado e banqueiro Gustav Moynier, os médicos Dr. Louis Appia e Dr. Théodore Maunoir, e o general Dufour - e ficou conhecido como Comitê dos Cinco. Rapidamente ele tratou de expandir sua idéia para outros países ao convocar uma conferência sobre o assunto com representantes de várias nações.
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Finalmente, no dia 23 de outubro de 1863, foi realizada a Conferência Internacional de Genebra, o primeiro encontro entre o comitê e representantes de 16 países, onde foram adotadas resoluções que se tornaram a carta de fundação da CRUZ VERMELHA e definiram as funções e métodos de trabalho para os Comitês para a Assistência aos Feridos que Dunant havia proposto. Dessa reunião surgiu o Comitê Internacional de Socorro a Feridos e ficou decidido que cada país montaria um órgão nacional. O símbolo escolhido para a organização foi uma cruz vermelha sobre um fundo branco, uma homenagem à Suíça, cuja bandeira tem as cores invertidas. Mas Henry Dunant queria que a entidade fosse oficialmente reconhecida no mundo e que uma convenção garantisse a proteção dos serviços sanitários nos campos de batalha. O governo suíço convocou então uma Conferência Diplomática no ano seguinte, 1864, em Genebra. Representantes de 12 países adotaram um tratado, preparado pelo Comitê Internacional, intitulado Convenção de Genebra para o Melhoramento da Sorte dos Soldados Feridos nos Exércitos em Campanha. Este foi o primeiro acordo sobre Direito Internacional Humanitário.
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Em 1876 a designação foi alterada oficialmente para Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Ainda neste ano, durante a Guerra entre a Rússia e a Turquia, travada nos Bálcãs, o Império Otomano decidiu usar um crescente vermelho sobre um fundo branco, ao invés da cruz vermelha. O Egito também decidiu optar pelo crescente vermelho, e a Pérsia subseqüentemente escolheu o leão vermelho e o sol sobre um fundo branco.
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Na Primeira Grande Guerra, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e as Sociedades Nacionais se depararam com uma guerra que matou milhões de combatentes, resultou em milhares de prisioneiros de guerra, e em epidemias e fome em uma escala jamais vista. Em 1918, a guerra acabou, mas a fome e as epidemias continuaram a matar outros milhões. Apesar da CRUZ VERMELHA ter sido fundada para ajudar as vítimas de guerra, ela não podia permanecer parada sem tomar providências diante das conseqüências da guerra, embora o desastre ocorresse em tempos de paz. Assim, em 1919, a Liga das Sociedades da Cruz Vermelha (agora Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades do Crescente Vermelho), foi fundada para trabalhar em casos de desastres naturais.
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Em 1949, após os horrores da Segunda Grande Guerra, as convenções existentes dando proteção aos soldados feridos e aos náufragos e marinheiros feridos e prisioneiros de guerra foram todas revisadas e uma nova convenção dando proteção para os civis foi adotada pela primeira vez. Essas são as famosas quatro Convenções de Genebra, e estão em vigor até a data de hoje. Nascida do desejo de prestar assistência aos feridos nos campos de batalha sem discriminação e intimamente ligada ao desenvolvimento do Direito Humanitário Internacional, a CRUZ VERMELHA continua se esforçando em prevenir e aliviar o sofrimento humano aonde ele for encontrado.
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Os símbolos
O emblema da CRUZ VERMELHA segue de um modo geral, dois propósitos:
O emblema protetor – é a manifestação visível da proteção conferida no Direto Internacional Humanitário a algumas pessoas e a determinados bens, isto é, aos que se colocam à disposição do mesmo. Sendo constituído da Cruz em vermelho sobreposta no fundo branco.
O emblema indicativo – significa que uma pessoa ou um bem está a serviço da CRUZ VERMELHA, beneficiando-se assim da proteção estipulada no Direito Internacional Humanitário. Este emblema apresentará o nome ou as iniciais da Sociedade Nacional, sendo que a Cruz Vermelha será sempre o elemento dominante do emblema e seu fundo sempre branco. No entanto, para difusão, coleta de fundos, assim como em medalhas, se admite uma configuração de fantasia, quando se utiliza o emblema com finalidade decorativa.
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O principal símbolo da organização é uma Cruz Grega de cor vermelha sobre fundo branco. Os países não-cristãos adotam o símbolo de sua religião vermelho como símbolo de socorro. Os países muçulmanos, questionaram a cruz como símbolo e, em 1906, adotaram definitivamente o Crescente vermelho para designar o serviço médico voluntário. Israel por sua vez, adota a estrela de davi vermelha (Magen David Adom). Os países neutros como a Índia adotam o Cristal vermelho.
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Para além das sociedades nacionais da CRUZ VERMELHA, o símbolo destina-se a ser usado pelos exércitos de todos os países para designar hospitais, ambulâncias e pessoal sanitário.
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Dados corporativos
● Origem: Suíça
● Fundação: 1863
● Fundador: Jean Henry Dunant
● Sede mundial: Genebra, Suíça
● Proprietário da marca:
Comitê Internacional da Cruz Vermelha
● Capital aberto: Não (Organização não-governamental)
● Presidente: Jakob Kellenberger
● Arrecadação: US$ 1 bilhão (estimado)
● Voluntários:
+ 350 milhões
● Presença global: + 180 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 12.000
● Segmento:
Organização não governamental
● Principais produtos: Ajuda humanitária internacional
● Ícones: O símbolo da cruz vermelha
● Slogan: Together, we can save a life. (American Red Cross)
● Website:
www.redcross.int
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A marca no Brasil
A Cruz Vermelha Brasileira foi fundada em 5 de dezembro de 1908 como uma sociedade de socorro voluntário, civil, sem fins lucrativos, de natureza filantrópica. A Cruz Vermelha Brasileira possui atualmente 50 filiais, sendo 17 estaduais e 33 municipais, que, apesar de desenvolverem algumas atividades similares, adaptadas aos diferentes contextos regionais, seguem a mesma diretriz, cujo objetivo é prevenir e atenuar os sofrimentos humanos com toda a imparcialidade, sem distinção de raça, nacionalidade, sexo, nível social, religião e opinião política.
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A missão da Cruz Vermelha Brasileira compreende:
I – agir, em caso de guerra, e preparar-se, na paz, para atuar em todos os setores abrangidos pelas Convenções de Genebra e em favor de todas as vítimas de guerra, tanto civis como militares;
II – contribuir para a melhoria de saúde, a prevenção de doenças e o alívio do sofrimento, através de programas de treinamento e de serviços que beneficiem à comunidade, adaptados às necessidades de peculiaridades nacionais e regionais, podendo também, para isso, criar e manter cursos regulares, profissionalizantes e de nível superior;
III – organizar, dentro do plano nacional, serviços de socorro de emergência às vítimas de calamidade, seja qual for sua causa;
IV – recrutar, treinar e aplicar o pessoal necessário às finalidades da instituição;
V – incentivar a participação da comunidade em geral, especialmente crianças e jovens, nas atividades da instituição;
VI – divulgar os princípios humanitários da CRUZ VERMELHA a fim de desenvolver na população os ideais de paz, respeito mútuo e compreensão entre todos os homens e todos os povos.
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A marca no mundo
Em todo o mundo a CRUZ VERMELHA tem Sociedades Nacionais em 185 países com mais de 350 milhões de voluntários. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) financia suas atividades com contribuições feitas pelos Estados Partes das Convenções de Genebra (Governos), por Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, por organizações supranacionais (como a União Européia) e por fontes públicas e privadas. Todas as contribuições são voluntárias. Atualmente as dez maiores operações mundiais da CRUZ VERMELHA estão no Afeganistão, Iraque, Sudão, República Democrática do Congo, Israel e territórios ocupados, Paquistão, Somália, Colômbia, Iêmen e Chade.
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Você sabia?
Quando começou organizar a criação da CRUZ VERMELHA, Jean Henri Dunant era um empresário milionário. Mas ele acabou indo à falência ao dedicar mais tempo às atividades humanitárias do que aos seus negócios, chegando a virar um mendigo de rua em uma pequena cidade suíça. Doente, foi redescoberto por um admirador, que conseguiu interná-lo num sanatório. Em 1901, ele recuperou o reconhecimento mundial e teve seus esforços humanitários recompensados ao se tornar o primeiro ganhador do Prêmio Nobel da Paz. Henry Dunant morreu em 30 de outubro de 1910. No dia 8 de maio, data de seu nascimento, celebra-se o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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Última atualização em 2/5/2010

Um comentário:

Anônimo disse...

Conheci o site mundo das marcas a poucos dias atras, com sede de conhecer as origens das diversas marcas já li duas dezenas delas, fiquei impresionado os esforços pessoais e os sucessos obtidos, outro detalhe observado é o volume impresionante de dinheiro gerado em redor do globo.
Ao ler a respeito da Cruz Vermelha deparo-me com o mesmo esforço do Sr. Henry Dunant, contudo como é dificil o estender de mãos para o auxilio ao outro, muitas das marcas enriqueceram nas guerras, porém o nobre Sr. Herny Dunant foi a miseria pelo ideal supremo de amar o proximo, para mim é sem duvida a mais exemplar das marcas divulgadas por este site, o Sr. Henry Dunant, criou uma marca forte, cujo lucro é o resgate da dor e do sofrimento o seres humanos vitimas das guerras insanas e catastrofes naturais, sendo o sorriso e abraço afetuoso de cada socorrido a graditão pemanente ao sonho do Sr. Henry Dunant.