13.6.06

TIGRE


É possível uma marca ser uma das mais valiosas e reconhecidas do Brasil, apesar de boa parte de seus produtos ficarem escondidos em paredes, cimento, tijolos e azulejos? Sim, e a TIGRE está aí para provar isso, produzindo as mais completas linhas de tubos, conexões e materiais de PVC do mercado, com as melhores soluções para a realização do sonho da casa própria, para uma infraestrutura inovadora e para agricultura moderna e sustentável. Então, para que arriscar? A TIGRE possui soluções completas e inovadoras que valem cada centavo. Presentes da infraestrutura ao acabamento, os produtos da marca são garantia de qualidade, segurança e facilidade na instalação. Tudo isso, para que o consumidor literalmente “Fuja do Mico”, como alardeava um antigo slogan da marca. 

A história 
A marca TIGRE nasceu da ousadia do jovem empresário João Hansen Júnior, então com 25 anos de idade. No dia 1 de agosto de 1941 ele adquiriu, em Joinville (estado de Santa Catarina), a empresa Albano Koerber e Cia., até então uma pequena fábrica de pentes com a marca TIGRE, que na época, eram fabricados a base de chifres de bois. Para produzi-los, ele contava com um maquinário simples, em um pequeno galpão com duas janelas, chamado de “ranchinho” pelos 23 primeiros funcionários. Era uma época de dificuldades decorrentes da Segunda Guerra Mundial, mas também de oportunidades, geradas por novos hábitos e novos produtos. Sempre atento e empreendedor, rapidamente ele percebeu que o aparecimento dos pentes de plástico, baratos e coloridos, poderia ser um temível concorrente dos exemplares que fabricava. Foi então, que em 1945, ele decidiu adquirir uma máquina injetora de plástico para confeccionar pentes, copos, pratos, boquilhas para cachimbos e piteiras para cigarros e charutos, feitos com restos dos chifres não utilizados nos pentes.


Mas foi a produção de leques e acessórios variados em larga escala que levou o empresário a conhecer os segredos da nova matéria-prima, aguçando, por outro lado, sua curiosidade em pesquisar novas possibilidades de utilização do PVC rígido, que Hansen havia conhecido na cidade alemã de Hannover durante uma grande feira de plástico. Criou então, em 1958, a primeira linha de tubos roscáveis de PVC rígido. Poucos acreditavam em tubos e conexões de PVC, afinal, o que poderia ser melhor que tubos de ferro galvanizado ou cobre? Tubos estes que enferrujavam e apodreciam com o passar do tempo. Começou aí uma grande quebra de paradigmas conservadores. Mudava-se naquele instante o futuro de uma empresa. Mais do que isso, mudava-se o futuro das instalações hidráulicas no Brasil e nas Américas. A partir deste momento a empresa não parou mais de buscar novidades e usar de criatividade e dinamismo para lançar no mercado os mais inovadores produtos. A TIGRE sempre foi também modelo de assistência técnica inovadora e capacitação dos profissionais de seu mercado. Desde a sua criação em 1967, as EATs (Escolas de Aperfeiçoamento Tigre) foram um sucesso de marketing integrado da empresa ao capacitar revendedores, arquitetos, encanadores e pedreiros, considerados elementos chave de seu planejamento. Os profissionais formados pela TIGRE passaram a ser referência no mercado, sendo a preferência das construtoras que utilizavam tubos e conexões de PVC. Além disso, foram criados os Tigrões, escolas móveis que percorreram o país oferecendo treinamentos sobre os produtos TIGRE.


Ainda na década de 1960, a TIGRE lançou grandes novidades no mercado: logo após o início das vendas dos primeiros tubos para construção civil, veio a linha de tubos de esgoto; e os tubos de PVC começaram a ser usados em redes elétricas. A partir do processo de internacionalização que se iniciou no final dos anos de 1970, a empresa consolidou bases para exportações através de subsidiárias que levavam as mais variadas linhas de produtos a todos os países do continente sul-americano, além da Nigéria, Angola, Porto Rico, Guatemala, Estados Unidos e Canadá. Em 1977, a TIGRE constituiu a empresa Tubopar, no Paraguai, em sociedade com empresários locais. Hoje, detém naquele país 80% de participação de mercado no segmento de tubos e conexões de PVC. Mas este foi só o começo da experiência com outros mercados. Enquanto isso no Brasil, a empresa inaugurou em 1979 sua fábrica de conexões. Em 1980, a empresa informatizou totalmente seus escritórios e desenvolveu serviços como telemarketing. Nessa época, a TIGRE estava presente em 15 estados brasileiros, além de uma fábrica no Paraguai e distribuidoras na Bolívia e Argentina.


Em 1991, João Hansen Júnior se afastou dos negócios, abrindo espaço para seu filho, Carlos Roberto, que implantou um novo método de gestão, mais aberto e participativo. Foi neste momento, que a decisão de avançar e assumir a liderança em todos os países onde se fizesse presente foi uma das principais estratégias de crescimento da TIGRE. Desta forma, em 1992, a TIGRE, que já possuía distribuidoras na Argentina, instalou a primeira fábrica no país. No dia 23 de março de 1994 ocorreu uma verdadeira tragédia: o jatinho que levava Carlos Roberto Hansen e muitas outras pessoas para Bogotá na Colômbia, em meio a uma forte tempestade, explodiu de encontro a um morro, matando seus ocupantes. Seu irmão João Neto assumiu provisoriamente a presidência da empresa. Isto não impediu que, em 1997, a TIGRE adquirisse o controle da empresa Fanaplas, no Chile, dando início a uma nova era no processo que tornou a marca brasileira uma referência no mercado internacional. Tal conquista permitiu não só conhecer melhor aquele país, como também ter a certeza de que sem a liderança local seria impossível ter escala necessária e consequentemente os resultados desejados. Ainda este ano a TIGRE adquiriu a Pincéis Tigre, empresa fundada em 1929 e que se tornou a maior fabricante de pincéis e rolos do continente americano, expandindo assim seu ramo de atuação. Uma curiosidade: a simbologia da cor dos cabos dos pincéis e rolos, criada por Nicolau Jacob Filho (antigo proprietário da Pincéis Tigre), continua sendo referência no mercado nacional para profissionais e consumidores.


Em mais uma atitude extremamente ousada, a TIGRE adquiriu de uma só vez, no final da década, mais três empresas locais no Chile. O resultado não poderia ser melhor: 41% do mercado chileno estavam nas mãos do grupo brasileiro. Em paralelo aos investimentos no Chile, a empresa reiniciou operações fabris na Argentina, em 1998, com a inauguração de uma nova unidade em Pilar. Ainda neste ano, a empresa lançou seu primeiro modelo de caixa d’água, em formato de 8. Completando o portfólio de conexões de PVC, em 1999, a TIGRE assumiu a empresa Santorelli e conquistou 27% do mercado argentino. Nos anos seguintes, os tubos e conexões continuaram sendo o carro-chefe da empresa, mas ela também passou a fabricar esquadrias para portas e janelas (através da marca CLARIS), quadros de luz, registros para chuveiros e até armários de banheiro (lançados em 2006) – tudo em PVC. Nos Estados Unidos, a entrada no mercado foi gradual a partir de 2006. Começou com operações comerciais e um Centro de Distribuição. No ano seguinte, deu-se a inauguração da TIGRE USA e o início da produção.


Para se manter líder absoluta do mercado brasileiro o grande segredo da TIGRE está na inovação. Nos últimos anos alguns exemplos confirmam isso: TIGRE FIRE (sistema de combate à incêndios feitos em PVC, mais leve e mais barato); caixa de gordura (que até 2008 eram de concreto e de difícil manutenção); grelhas e calhas de piso feitas de PVC, mais leve e simples (antes eram confeccionadas em metal ou concreto); quadro VDI (um quadro de energia que integra conexões de internet, telefone e televisão); e até suporte para os pés (lançado em 2009), desenvolvido para os idosos utilizarem durante o banho. Além disso, em 2014, ampliou a parceria com a americana ADS para a América do Norte. A unidade americana passou a se chamar Tigre-ADS USA, provendo conexões de PVC para o mercado de infraestrutura, predial e de HVAC (ar condicionado e aquecimento). Além da qualidade dos produtos e do investimento regular e constante em treinamento de profissionais ligados ao ramo da construção, a TIGRE é reconhecida por sua capacidade de inovação e pelo relacionamento com diversos públicos (instaladores, arquitetos, vendedores, consumidor final). Mas foi a publicidade o principal fator a dar visibilidade à marca fora do seu nicho de mercado.


A comunicação 
A partir de 1959, as ações realizadas pela TIGRE para romper o preconceito e consolidar o uso do PVC na construção civil entraram para a história, sendo cada vez mais frequentes e criativas. Na balsa do Guarujá o rádio dizia: “Você que está na fila para o Guarujá, experimente enferrujar um pedaço de tubo de PVC Tigre que lhe será entregue” e também para os motoristas: “Já que você vai para a praia, experimente enferrujar este tubo”. Além disso, promovia concursos, como por exemplo, o melhor balconista ou o melhor encanador. Essas ações viraram referência através dos anos pela ousadia e pioneirismo. Nos anos de 1970, com campanhas ousadas, a TIGRE foi a primeira empresa do setor da construção a anunciar na televisão brasileira. E ficou famosa com Zeca Diabo, personagem interpretado pelo ator Lima Duarte, que estava sempre disposto a castigar balconistas e encanadores que não trabalhassem com a marca TIGRE. A campanha foi responsável pelo aumento da lembrança da marca entre os consumidores através de uma linha de comunicação com o mote “Com a Tigre dá certo. Sem Tigre você está fazendo algo errado”. E quem não se lembra do personagem Alberto Roberto, interpretado por Chico Anysio, ensinando o consumidor a identificar as patinhas. De 1986 a 1994, Joana D’Água se tornou uma personagem inesquecível, assim como seu parceiro Ted Tigre (um detetive que investigava obras para ver se elas tinham a “marca das três patas”).


A partir de 2000 a TIGRE mudou sua linha de comunicação, tendo como objetivo reforçar a imagem da empresa como líder de mercado. Depois de anos tendo como personagens de suas campanhas o detetive Ted Tigre e sua companheira Joana D’Água, que marcaram parte da história da propaganda no país, a empresa resolveu apostar em uma comunicação mais agressiva, usando como símbolo um mico-leão. A campanha deu vida para uma das expressões mais populares do país: ficar com o mico. A assinatura “Fuja do Mico. Use Tigre”, reforçava a ideia de que a TIGRE não era apenas a melhor marca, mas também a melhor opção em produtos com qualidade reconhecida internacionalmente.


Nos primeiros três filmes da campanha, isso acontece literalmente: um mico pula do ombro do vendedor para o comprador de tubos quando ele empurra uma marca estranha; aparece no ombro de uma dona de casa cuja reforma não está sendo feita com tubos TIGRE e assim por diante. O mico dos filmes, aliás, já foi estrela do seriado Friends (era o animal de estimação do paleontólogo Ross, vivido por David Schwimmer) e de campeões de bilheteria como Outbreak e Jungle Book da Disney. As filmagens com o “astro do mundo animal” foram feitas em estúdios de Hollywood e por um processo computadorizado foi integrado à cena com os atores brasileiros. Ao longo de oito anos, a tônica dos comerciais do mico foi mostrar os problemas provocados por instalações malfeitas e com produtos de baixa categoria, sempre com muito humor, como era característico da marca. Clique no ícone abaixo para assistir a atuação do Mico. 

   

De 2011 a 2014 as campanhas publicitárias da marca utilizaram como mensagem-chave a frase “Quem usa Tigre é autoridade no assunto. Não arrisque, use Tigre”, que focava na importância de utilizar produtos de uma marca respeitada pela sua qualidade e inovação. O conceito reforçava ainda que somente pessoas que realmente sabem do que estão falando não têm dúvidas quanto à marca a ser utilizada na obra. Destacando que a marca oferece soluções completas para todas as etapas da obra, a campanha abordava de forma divertida de que quem usa TIGRE, além de ter confiança e garantia na qualidade dos produtos, era autoridade quando o assunto é construção. Seu pioneirismo no gerenciamento da marca fez da TIGRE ganhadora de prêmios e consolidou seus esforços de comunicação como um dos mais significativos programas de marketing integrado realizados por uma empresa nacional.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por inúmeras remodelações ao longo dos anos. Em 1970 o logotipo possuía um personagem animado formado por tubos e conexões. Pouco depois, em 1975, o logotipo ganhou uma nova tipografia de letra, mantendo as palavras Tubos e Conexões. Uma nova mudança ocorreu em 1982, quando a identidade visual ganhou uma caixa azul-clara. Já o principal símbolo da marca, a pata de um tigre, surgiu em 1988. Nasceu de uma ideia de Sergio Soares Sobral, grande parceiro do fundador João Hansen Júnior. Sobral estava em um leilão de gado e viu impressa em uma lata de ração a pata de uma jaguatirica, e em questão de segundos veio a grande ideia: por que não a pata de um tigre? Ele pediu para um engenheiro de produção da empresa, muito bom com desenhos, esboçar a tal pata. O então engenheiro foi até um zoológico, observou os animais e criou a patinha mais famosa das Américas. A pata passou a fazer parte da identidade visual somente em 1995, quando o logotipo perdeu as palavras Tubos e Conexões, pois a empresa também passou a atuar em outros segmentos como ferramentas para pintura e portas e janelas. Em 2003 o logotipo passou por uma grande reformulação, ganhando tratamento 3D: a pata ganhou um novo design e foi adotada uma nova tipografia de letra. Além disso, o logotipo ganhou uma espécie de semicírculo colorido, que simboliza a ressonância da água quando o tigre caminha. Depois de passar por mais uma remodelação em 2009, a atual identidade visual da marca foi adotada em 2014 e apresentava um tom de azul mais escuro. Uma curiosidade: não se sabe ao certo a origem do nome da marca. O que se sabe, é que na época de sua fundação era muito comum nomear produtos com nomes de animais. Corre ainda que a beleza, força e imponência dos tigres tenham influenciado na escolha do nome.


Os slogans 
É Tigre pra toda obra. (2014) 
Quem usa Tigre é autoridade no assunto. (2011) 
Quem não faz com Tigre, dança. (2010) 
Como TIGRE, só tem TIGRE. (2009) 
Inovando para construir melhor. (2003) 
Quem faz com TIGRE faz para sempre. (1995) 
Tigre. O mais forte. (1982) 
Tem que ser Tigre. (1972)


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 1 de agosto de 1941 
● Fundador: João Hansen Júnior 
● Sede mundial: Joinville, Santa Catarina, Brasil 
● Proprietário da marca: Tigre S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente do conselho: Felipe Hansen 
● Presidente: Otto von Sothen 
● Faturamento: R$ 3.2 bilhões (2016) 
● Lucro: Não divulgado 
● Fábricas: 24 
● Presença global: 40 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 6.500 
● Segmento: Materiais para construção e reforma 
● Principais produtos: Tubos e conexões, mangueiras, caixas de água, material elétrico e pincéis 
● Concorrentes diretos: Amanco, Corr Plastik, Asperbras, Krona, Nicoll, Eternit, Fortlev e Cardinali 
● Ícones: A pata do tigre 
● Slogan: É Tigre pra toda obra. 
● Website: www.tigre.com.br 

A marca no mundo 
A TIGRE é líder e pioneira em seu mercado na América do Sul, na fabricação e distribuição de tubos, conexões e acessórios em PVC e na área de construção civil como um todo. Também lidera a fabricação de pincéis, com a marca Tigre Ferramentas de Pintura (com linhas para o setor imobiliário, segmentos artísticos e educativos, oferecendo mais de 1.000 produtos com alta qualidade e tecnologia, apresentando soluções de alto nível para o mercado), e de esquadrias em PVC no Brasil, com a marca CLARIS. A empresa, que faturou R$ 3.2 bilhões em 2016, tem operações em 10 países, conta com 6.500 funcionários, além de possuir 11 unidades fabris instaladas no Brasil e 13 fábricas no exterior, localizadas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Uruguai. Os negócios internacionais da empresa representam 30% de todas as suas vendas. Hoje, a TIGRE, que exporta seus produtos (15 mil itens em mais de 160 linhas de produtos) para 40 países, detém 45% do mercado nacional de tubos e conexões de PVC, sendo uma das cinco maiores empresas do mundo no segmento. No Brasil, a TIGRE está diretamente presente em mais de 20 mil pontos de venda, colocando-se em outros 30 mil através de distribuidores, atacadistas e operadores comerciais. Para levar sua produção até as revendas, a empresa dispõe de uma frota com mais de 2 mil caminhões. 

Você sabia? 
O trajeto entre o pequeno aeroporto de Joinville até a sede mundial da TIGRE não dura mais do que 20 minutos. É tempo suficiente para o visitante saber que está entrando na casa da TIGRE, tamanha a quantidade de “pegadas” que a empresa espalhou pela cidade – dos relógios urbanos de hora e temperatura a outdoors gigantescos. O logotipo que imita as pegadas de um tigre está por todo lado no trajeto que leva a seu quartel-general. 
Voltada para impulsionar o aprendizado e a criatividade da empresa e de seus parceiros, a Universidade Tigre, foi criada em 2001 para que todos pudessem contribuir cada vez mais para a satisfação do consumidor e para o desenvolvimento sustentável do meio ambiente. A Universidade Tigre era voltada para a geração e a gestão do conhecimento e da inovação. Seu objetivo era manter a empresa, seus colaboradores e parceiros em permanente aprendizado, buscando a melhor utilização do conhecimento na criação de soluções inovadoras e na promoção de um melhor atendimento às necessidades do consumidor e do cidadão. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Época Negócios, Exame e Veja), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 27/9/2017

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá,
Estou querendo promover uma feira de material de construção aqui em Juiz de Fora...gostaria de saber se voceis se interessam em participar conosco????
Aguardo voceis.
Obrigado!!!
Priscila

phoenixlanhouse3@gmail.com