11.6.06

RÉMY MARTIN


Saboreado todos os dias de diferentes maneiras, tanto no Ocidente como no Oriente, o conhaque RÉMY MARTIN tem perpetuado o verdadeiro espírito da excelência de geração para geração, cultivando sempre uma especial “art de vivre”. São séculos de aperfeiçoamento na arte de fazer conhaque, que resultam em bebidas de riqueza, aroma e complexidade inigualáveis. 

A história 
Tudo começou em 1724 quando o Sr. Rémy Martin, um jovem produtor de vinho francês, começou a comercializar seu “eaux-de-vie” (águas de vida, em português, um destilado de uva usado para formar o blend ou mistura dos conhaques) na região de Charente, cujo centro é a cidade de Cognac, no sudoeste da França. Já bem no início, exigentes compradores mundiais reconheceram a superioridade das eaux-de-vie elaboradas pelo senhor Martin. Em 1738, o então rei da França Louis XV, ardoroso apreciador de conhaque, concedeu ao Sr. Martin uma licença real para que ele expandisse suas áreas de plantio de uva. Surgia nessa época o RÉMY MARTIN ACCORD ROYAL, uma sofisticada bebida envelhecida por 12 anos, com uma forte cor de cobre e uma mistura de aromas de canela, cravo e baunilha. Mais do que isso. Surgia à própria RÉMY MARTIN como marca preferida do rei, dos nobres e de seus descendentes.


Em 1773, o filho do fundador da empresa, Rémy III, assumiu o comando da empresa e continuou construindo a tradição iniciada por seu pai. Mesmo atravessando revoluções e guerras, a empresa prosperou, aumentando a produção e conquistando ainda mais reputação, elevando o conhaque a um novo nível de aprovação e consumo. Com o tempo, RÉMY MARTIN expandiu seus domínios hectares por hectares, identificou os melhores solos para o plantio e selecionou as uvas ideais. Pelo perfeito domínio de todas as fases de produção, desde os vinhedos, a tradição consolidou-se e a marca ganhou respeito internacional. O neto do Sr. Rémy Martin, Paul-Emile, percebeu, em 1850, que a demanda por conhaques em garrafa estava aumentando, enquanto as vendas em barris decresciam. Foi então, que ele comprou um decanter encontrado no local da batalha de Jarnac, garantiu os direitos de reprodução, surgindo assim uma das garrafas mais famosas do mundo, que mais tarde seria batizada de Louis XIII.


Foi ele também, que, em 1872, criou a famosa logomarca dos conhaques RÉMY MARTIN: um centauro. O rótulo que mostrava também a área de origem e o nome que identificava a idade baseada no componente mais novo do blend, também foi ideia sua. Pouco depois, em 1880, já ao comando de Paul Rémy Martin, a região de Cognac foi severamente afetada por uma praga que praticamente dizimou os vinhedos. Diante da grave crise, onde muitos produtos estavam arruinados, Paul continuou injetando dinheiro na empresa e levou os conhaques RÉMY MARTIN para outros países, como por exemplo, Alemanha, Rússia, Estados Unidos, Austrália e a região da Escandinávia. Em 1924, a empresa estava atolada em dívidas, e somente uma grande injeção de capital seria sua salvação. E foi André Renaud que salvou a empresa ao comprá-la. O novo proprietário iniciou uma enorme fase de recuperação da empresa, além de introduzir novos produtos como o conhaque V.S.O.P (Very Superior Old Pale), cuja primeira garrafa estreou no mercado em 1927. E não demorou muito para este excelente conhaque ser presença constante nos grandes e sofisticados restaurantes de Paris, e, em parte da região asiática.


Outra medida importante adotada por ele foi apontar a tradicional produtora de cristais Baccarat para fazer a famosa garrafa do conhaque Louis XIII em 1936. Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa diminuiu a produção e foi pouco atingida em virtude do conflito. No período pós-guerra a empresa resolveu concentrar suas vendas no conhaque V.S.O.P, e apesar do mercado diminuto para este tipo de produto, a alta qualidade do RÈMY MARTIN foi reconhecida no mundo inteiro. Em dois anos as vendas já atingiam 60.000 caixas. Em 1965, com a morte de André Renaud, o senhor André Hériard Dubreuil assumiu o comando da empresa e focou seus esforços nos anos seguintes para expansão da marca no mercado internacional com a criação de uma rede mundial de distribuidores.


No início da década de 1990, a empresa se fundiu com a tradicional produtora de licor Cointreau formando assim a empresa RÉMY COINTREAU. Com a proximidade da chegada do novo milênio a marca se modernizou, ingressou na era da internet em 1995; lançou, em 2000, o RÉMY RED, primeira geração de drinques prontos para o consumo à base de conhaque; e introduziu uma série de embalagens com edição limitada, como por exemplo, a do conhaque RÉMY MARTIN V.S.O.P. HOT HOLIDAY, na cor vermelho em homenagem as festas de final de ano.


Um conhaque para poucos 
Considerado o Rei dos Conhaques, Rémy Martin Louis XIII é o top de linha da marca, envelhecido por 100 anos em um depósito especial, isolado de turbulências e interferências. Seu amadurecimento é feito em barris centenários, chamados tierçon. Apenas cepas dos vinhedos da região da Grande Champagne, a mais fértil entre as seis áreas de cultivo de Cognac, entram em sua composição. A embalagem merece uma atenção especial, pois ela é inspirada em um cantil metálico do século 16 e confeccionada a mão por artesãos (cada garrafa é feita em dois dias por 11 artesãos), usando como matéria-prima o cristal Baccarat. Cada garrafa recebe ainda um elo em ouro 24 quilates próximo a tampa, que traz o nome do conhaque é o número de sua tiragem limitada. A garrafa não sai por menos de US$ 1.500. Além da garrafa de 700 ml, que custa em torno de R$ 9.5 mil, existe a versão de três litros, intitulada Le Jeroboam, e ainda as edições especiais Rare Cask (com aroma mais intenso que o tradicional) e Black Pearl (lançado em 2007 e limitado em apenas 800 unidades). Este conhaque excepcional foi sempre um favorito no mundo da política, da moda e da arte. Entre os grandes apreciadores incluem-se Elton John e Jamie Foxx. À Rainha Elizabeth II foi servida com um conhaque Louis XIII de Rémy Martin Grande Champagne, no palácio de Versalhes na honra da sua visita à França, em 1957. E Winston Churchill celebrou, com este conhaque, sua indicação para o posto de primeiro-ministro em 1951. O produto tem como slogan “The Taste of Extravagance”.


A linha de produtos 
Rémy Martin Centaure de Diamant: criado em 2010, este excepcional conhaque é fruto da natureza, do tempo e de antigas técnicas artesanais. O conhaque é feito com uvas muito raras e métodos de destilação tradicional, com longa maturação em barris de carvalho Limousin. A pura mistura é engarrafada em um magnífico decanter, cujas faces são lapidadas lembrando um diamante, com uma tampa que apresenta um centauro, símbolo clássico da marca. A embalagem é intencionalmente projetada para abrir como um porta joias. O conhaque tem leves notas florais, crescendo aromaticamente para lembrar ameixa e figo, até inundar a boca com um sabor intenso evocando avelãs. 
Rémy Martin XO (Extra Old) Excellence: introduzido no mercado em 1981, é um conhaque único para pessoas exigentes que apreciem esta bebida. Esse conhaque, envelhecido de 20 a 37 anos, possui inacreditáveis aromas e sabores devido a 350 diferentes eaux-de-vie em sua composição. O produto tem como slogan “The Cognac of Execellence”
Rémy Martin Extra: é a quinta essência do Fine Cognac Champagne, oferecendo uma inesquecível experiência sensorial. Destaca-se por sua extrema elegância, luxo e requinte. O segredo do mágico sabor deste conhaque, envelhecido de 20 a 50 anos, é a originalidade e a rara idade, perfeito equilíbrio e pura harmonia do sabor. O produto tem como slogan “The Taste of Refinement”
Rémy Martin V.S.O.P. (Very Special Old Pale): conhaque V.S.O.P. mais velho feito no mundo (é envelhecido no mínimo 6.5 anos, mas geralmente fica mais de 8 anos no barril), possui exclusiva suavidade e riqueza no sabor. Um em cada três V.S.O.P. vendido no mundo traz o nome RÉMY MARTIN, sendo o carro-chefe da marca. Sua tradicional garrafa opaca escura foi introduzida no mercado em 1972. O produto tem como slogan “The Taste of Reference”
Rémy Martin V.S. (Very Special): conhaque envelhecido por no mínimo 2.5 anos com sabor bastante frutado, o que lhe permite ostentar três estrelas no rótulo.


O método de produção 
Todo silêncio é pouco nas imensas caves em que os conhaques RÉMY MARTIN repousam, dentro de barris ancestrais, na região de Cognac, no sudoeste da França. O precioso líquido, feito a base de um vinho de uvas ácidas e aromáticas, que passa duas vezes pelo processo de destilação, necessita de paz e tranquilidade para envelhecer com classe e manter a tradição de mais de dois séculos, que deu à RÉMY MARTIN o título de melhor produtora de conhaques do mundo. Os cuidados na fabricação da bebida – feita de maneira tão artesanal – começam na escolha dos carvalhos utilizados na produção dos barris, que armazenarão o conhaque por 8, 20, 60 ou até 100 anos. As árvores são escolhidas uma a uma na floresta de Limousin, em Limonges, região central da França. Todas atendem ao principal pré-requisito: ter mais de um século de vida. Hoje RÉMY MARTIN é a única das grandes produtoras de conhaques que seleciona uvas exclusivamente das duas melhores áreas (crus) de Grande Champagne e Petite Champagne (Champagne, nesse caso é um tipo de solo e não deve ser confundido com a região dos vinhos espumantes), as quais oferecem (chalky soils) e um microclima (terroir) ideal para a elaboração do conhaque. Juntas, essas regiões são chamadas pelos franceses de Fine Champanhe (a expressão é apenas uma coincidência com o homônimo borbulhante).


Em uma deslumbrante propriedade de 30 hectares, a MAISON RÉMY MARTIN mantém enormes galpões sempre lotados de barris, mas o coração da destilaria está em uma sala de apenas 30 m². Com paredes béges, uma mesa central e diversas pequenas garrafas com amostras, esta é a sala da degustação de onde saem os blends (misturas) que vão originar garrafas de conhaque que chegam a ser vendidas por US$ 40 mil, em suas edições especiais. A sala é comandada por Pierrette Trichet (imagem abaixo), a única mulher na condição de “mestra de adega” em conhaque.


É bem no coração da região de Cognac, às margens do Rio Charentes, onde reside toda a tradição de RÉMY MARTIN e de onde a empresa exporta o seu “Fine Champage” para todo mundo. A visão para a seleção dos dois melhores “crus” é complementada pelo incomparável conhecimento envolvido no processo de produção: 
DUPLA DESTILAÇÃO 
A destilação sempre se dá juntamente com os sedimentos para revelar a verdadeira essência de vinhos de qualidade. O processo é carregado e vagaroso, somente em pequenos galões de cobre, libertando o coração do “eaux-de-vie” com um envelhecimento potencial único. 
PEQUENOS BARRIS DE CARVALHO DE LIMOUSIN 
Esses barris, ideais para a respiração do conhaque, são genuínas caixas de tesouro. Somente o carvalho vindo da região de Limousin pode levar a “eaux-de-vie” a tão longa maturidade e ao mesmo tempo lhe conferir essa linha natural, quente, rica, colorida e saborosa. Com o envelhecimento, os aromas de baunilha, alcaçus e canela enriquecem ainda mais a concentração dos sabores. 
ENVELHECIMENTO E MISTURA 
O conhaque RÉMY MARTIN tem o tempo ao seu lado. Durante os anos, barris jovens e maduros realçam o caráter do conhaque e dão uma vistosa diversidade. O casamento final é assistido por gerações de “cellarmasters” para criar composições oferecendo maior prazer.


O marketing 
A marca é patrocinadora oficial de alguns grandes eventos no mundo. Já é tradição a marca levar ao badalado Festival de Cinema de Cannes diferentes conhaques, todos em edições limitadas, especificamente desenvolvidas para o evento e suas sofisticadas festas. Desde 2010 as garrafas, disponíveis nos tamanhos 1,5L e 1L, são assinadas por personalidades, um projeto que presta um tributo ao espírito alegre e exuberante do festival. Algumas dessas garrafas contam ainda com as assinaturas de personalidades importantes que já participarem do evento.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos. Recentemente o tradicional símbolo da marca, o centauro, foi deslocado para o lado direito do logotipo.


Os slogans 
The heart of Cognac. 
The Cognac of Execellence. 
Rémy Martin. Feel More. 
Only Rémy.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1724 
● Fundador: Rémy Martin 
● Sede mundial: Cognac, França 
● Proprietário da marca: Rémy Contreau Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária) 
● Chairman: Dominique Hériard Dubreuil 
● CEO: Patrick Piana 
● Faturamento: €719.7 milhões (2012) 
● Lucro: €216.6 milhões (2012) 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.704 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Conhaques 
● Concorrentes diretos: Hennessy, Courvoisier, Martell, Baron Otard e Bisquit 
● Ícones: O centauro 
● Slogan: The heart of Cognac. 
● Website: www.remymartin.com 

A marca no mundo 
A sua soberania entre os conhaques de outras fabricantes da região (atualmente, uma em cada três garrafas vendidas no mundo é RÉMY MARTIN) foi garantida pela obsessiva preocupação com qualidade e exclusividade de seus produtos, vendidos em mais de 100 países ao redor do mundo. RÉMY MARTIN vende mais de 300 mil caixas de seus preciosos conhaques anualmente e faturou em 2012 mais de €719 milhões. 

Você sabia? 
Atualmente a empresa tem o maior estoque de conhaque do planeta, com aproximadamente 22 milhões de galões. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 22/8/2013

3 comentários:

Bombeirão disse...

Estou vendendo uma garrafa de Louis XIII, meu nome é Vagner, interessados enviar e-mail para vagner.rogerio@brturbo.com.br

Bombeirão disse...

Vendo uma garrafa de Louis XIII, interessados enviar e-mail para vagner.rogerio@brturbo.com.br

Unknown disse...

Maravilhoso trabalhei de garçom no restorabte satyricom e servi muitas pessoas ilustre esse xô