20.6.06

DODGE

A DODGE tem uma longa história de destaque na indústria automobilística, sempre em busca de identificar e exceder as expectativas dos clientes com modelos de automóveis modernos duráveis e dinâmicos que abrangem desde suas famosas e confiáveis picapes até sedans de grande sucesso.
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A história
Tudo começou em 1897, quando os irmãos John e Horace Dodge receberam a primeira patente para fabricar componentes para bicicletas. Já no começo de 1900, os irmãos decidiram vender sua empresa de bicicletas e com o dinheiro inauguraram uma pequena oficina para a produção de peças de fogão. Mas não demorou muito para que os irmãos decidissem começar a produzir peças para a indústria automobilística. A produção de peças começou em 1901, atendendo a um pedido de 2.000 transmissões, feitas por Ransom E. Olds, que iriam equipar modelos da Oldsmobile. No ano seguinte, um pedido ainda maior, 3.000 transmissões, definitivamente transformou os irmãos como fornecedores da indústria automobilística.
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Um fato mudaria o destino dos irmãos e de sua empresa: No dia 28 de fevereiro de 1903, Henry Ford contratou os irmãos para fornecer chassi e outras peças para o primeiro modelo de automóvel lançado pela FORD, o Model A. Durante quase 11 anos os irmãos foram fornecedores da empresa de Henry Ford, com John chegando até o cargo de vice-presidente. Porém, descontentes com algumas decisões tomadas por Henry Ford, os irmãos resolveram em 1914 implantar um sonho maior: desenvolver e construir seu próprio automóvel. Era o início de uma história de sucesso. O primeiro carro DODGE saiu da linha de montagem no dia 14 de novembro, e era informalmente chamado de “Old Betsy”. No mesmo dia os irmãos fizeram um pequeno test drive pelas ruas de Detroit e o veículo foi despachado para um comprador do Tennessee. Nesta época, o logotipo da empresa era formado por dois triângulos nas cores azul e branco, lembrando a estrela de David.
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Até o final deste ano, 249 automóveis haviam sido construídos pela Dodge Brothers Motor Company. Já em 1916, novos modelos foram introduzidos a sua linha de produtos e a DODGE era a quarta marca de carros mais vendida dos Estados Unidos, com 70.700 unidades. No ano seguinte a montadora introduziu seu primeiro caminhão, chamado por ela de “Commercial Car”. O sucesso de seus automóveis na década seguinte levou a empresa, transformou os dois irmãos em homens extremamente ricos. Durante a Primeira Guerra Mundial a DODGE voltou sua produção para veículos militares, especialmente ambulâncias. Depois do falecimento dos irmãos, ambos em 1920, a DODGE BROTHERS foi comandada pelas viúvas, Matilda Rauch e Anna Thompson, por pouco tempo, e depois de ser comprada por um grupo de investidores, passou a integrar a Chrysler Corporation em 1928, quando Walter P. Chrysler pagou US$ 175 milhões pela montadora.
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Na década de 30, a empresa firmou sociedade com a Graham Brothers para fabricar caminhões comerciais e picapes. O Graham Truck era feito sob o chassi DODGE. No meio da década a empresa comprou a Graham Trucks e iniciou a produção de seus próprios caminhões, nascendo a DODGE TRUCKS. No ano de 1942, em virtude da Segunda Guerra Mundial, a empresa paralisou a produção de automóveis civis e produziu somente veículos militares, componentes e motores aeronáuticos para abastecer as tropas americanas. Depois de terminado o conflito a DODGE retomou a produção de automóveis civis. Durante a década seguinte, é lançada uma nova linha de veículos com uma imagem mais moderna, caracterizada por rabo de peixe, pára-brisas abaulados e fechos de portas embutidos em todos os automóveis.
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Em 1953, a DODGE apresenta seu famoso motor Hemi V-8. Em 1956, foi a primeira montadora a dar atenção ao mercado feminino de automóveis. No ano seguinte, a Serie C, terceira geração de picapes DODGE, utilizou o marketing para mudar o nome para “Power Giant”, entrando na canibal competitividade do mercado americano deste segmento junto com Ford e GM. Nenhuma mudança significativa foi feita até 1965, quando a linha de picapes foi totalmente re-estilizada e modernizada. A década de 60 foi de extrema importância para a DODGE. Começou em 1960 com o lançamento do DODGE DART, porta de entrada da marca no segmento de carros compactos. Ele sofreu várias mudanças estéticas até se tornar o DART conhecido no Brasil.
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Nos anos seguintes a DODGE lançou dois outros modelos de grande sucesso: em 1966 introduziu no mercado o CHARGER, um muscle-car (carros com grande potência equipados com poderosos motores V8), que ficou ainda mais conhecido quando se tornou o astro do seriado “The Dukes of Hazzard”; e, em 1967, lançou no mercado o DODGE CORONET RT, um carro esporte com motor V8, que viria a se tornar uma das vedetes da marca, sendo a porta de entrada da DODGE para o segmento dos carros médios nos Estados Unidos. No início da próxima década, em 1971, a DODGE introduziu a “Lifestyle” picape, desenvolvida para toda família e especialmente para ser utilizada em viagens de férias. Quase no final desta década, em 1978, com a crise do combustível que assolou os Estados Unidos, a DODGE introduziu a picape a diesel. Foi também nesta década que a montadora ingressou no mercado dos carros compactos com o lançamento dos modelos DODGE OMNI (um hatchback com tração dianteira) e o Colt, este último em parceria com a Mitsubishi.
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Em 1981, a linha de picapes foi re-estilizada, ganhou novos modelos como a picape compacta DAKOTA, e sob o comando do executivo Lee Iacoca, que havia assumido o comando da montadora em 1978, o símbolo do cabrito montanhês, que foi utilizado entre as décadas de 30 e 50, voltou a fazer parte da imagem visual da marca, seguido da frase “Ram Tough”. Outro lançamento de grande impacto foi a van CARAVAN, lançada em 1984 e que revolucionou o mercado em sua categoria.
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A década de 90 tem início com o lançamento do DODGE VIPER, um automóvel ultra-esportivo equipado com motor V10, e do DODGE INTREPID. Pouco depois surgiriam dois de seus maiores sucessos de venda, o DODGE NEON (um carro compacto lançado em 1994 que se tornou um grande campeão de vendas, especialmente pelo seu preço reduzido) e o DODGE STRATUS (um sedã de porte médio grande que esbanjava conforto, lançado em 1995). Nos anos seguintes a DODGE renovou completamente sua linha de veículos com adição de modelos utilitários esportivos e recriações de grandes sucessos como o CHARGER e o CHALLENGER. A partir de 2000, com o agravamento da situação financeira da Chrysler, a marca DODGE assistiu a um forte declínio nas vendas e queda acentuada no faturamento. Com a venda da Chrysler para a Fiat em 2009, a marca DODGE passou a ser de propriedade da montadora italiana.
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A linha do tempo
1981

Lançamento do DODGE RAM, uma picape de porte grande. A recente geração da picape foi apresentada em 2009, e com o novo modelo a DODGE pretende morder uma fatia maior do segmento das grandes picapes. A nova picape traz mudanças estéticas que a deixaram mais aerodinâmica, mantendo a robustez, apesar de visualmente parecer bem maior.
1984
Lançamento do DODGE CARAVAN, uma mini-van de porte médio. Em 1995, a CARAVAN se tornou a primeira mini-van a ser eleita carro do ano nos Estados Unidos. O sucesso desta mini-van, atualmente em sua quinta geração, é tanto que já foram vendidas mais de 12 milhões de unidades até os dias de hoje.
1987
Lançamento do DODGE DAKOTA, uma picape de porte médio.
1992
Lançamento do DODGE VIPER, um super esportivo de linhas agressivas.
1995
Lançamento do DODGE AVENGER, um cupê de porte médio com duas portas produzido até o ano de 2000.
1998
Lançamento do DODGE DURANGO, um veículo utilitário esportivo de porte grande. Sua primeira geração era derivada da picape Dakota, tendo toda sua metade dianteira idêntica à dela. Em 2007 o modelo foi apresentado com motor bi-combustível.
2003
Lançamento do DODGE SPRINTER, um veículo comercial feito com a mesma base e com o mesmo nome de um modelo da Mercedes-Benz.
Lançamento da DODGE RAM SRT, uma versão esportiva da tradicional picape equipada com o motor V10 do Viper. Sua produção foi encerrada em 2006.
2005
Lançamento do DODGE MAGNUM, uma perua de porte médio-grande.
2006
Lançamento do DODGE CALIBER, um utilitário esportivo compacto, sendo o primeiro veículo do grupo Chrysler a oferecer a família de motores de quatro cilindros a gasolina, além do novo 2.0 a diesel.
Lançamento do DODGE CHARGER, recriação do mito que fez tanto sucesso na década de 60 e 70.
2007
Lançamento mundial do DODGE AVENGER, um sedan (4 portas) de porte médio. A DODGE ressuscitou o nome AVENGER, utilizado em um modelo na década de 90.
Lançamento do DODGE NITRO, um veículo utilitário esportivo compacto, identificado por suas linhas quadradas e desenvovido sobre a plataforma do Jeep Cherokee Sport.
2008
Lançamento do DODGE JOURNEY, uma crossover de porte médio com jeitão de utilitário esportivo.
Lançamento do DODGE CHALLENGER, uma re-edição do clássico dos anos 60 para concorrer na categoria dos muscle-cars.
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Uma víbora veloz
Quando o DODGE VIPER, um superesportivo, foi mostrado como carro-conceito, no Salão de Detroit de 1989, GM e Ford, fabricantes de mitos norte-americanos como Mustang, Camaro e, sobretudo, o Corvette, talvez não imaginassem que a DODGE teria ousadia o bastante para colocar nas ruas um esportivo de linhas tão agressivas e motorização tão avantajada. Ela teve. Lançado no mesmo Salão de Detroit em janeiro de 1992, em configuração aberta (o roadster R/T 10, sigla para road and track, ou estrada e pista, e o motor de 10 cilindros), o VIPER - víbora em inglês - nome que não poderia ser mais apropriado, angariou uma legião de fãs e conquistou seu lugar entre os carros mais carismáticos do mundo. Seus primeiros modelos foram espelhados no Shelby Cobra, criado por Carrol Shelby, ex-piloto de corrida - na década de 50, nos Estados Unidos. O enorme sucesso inicial era explicado: capô longo, faróis afilados, saídas de ar nas laterais e à frente do pára-brisa, a grade DODGE de quatro motivos, os bancos quase sobre o eixo traseiro.
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O primeiro VIPER era um esportivo puro, sem concessões ao conforto. Não tinha capota (apenas uma cobertura de lona ligando o pára-brisa à barra colocada após os bancos), vidros (só cortinas plásticas, como no mais rude jipe), ar-condicionado e maçanetas externas (abriam-se as portas diretamente por dentro). Em janeiro de 1993 era apresentado o cupê GTS, produzido a partir de junho de 1996, que passou a adotar suspensão e chassi aprimorados, rodas de cinco raios e saídas traseiras de escapamento, que trouxeram um ganho de 15 cv. O som do motor também melhorou, pois as saídas laterais tinham grande restrição para atender às normas de ruído vigentes nos Estados Unidos. Ao longo dos anos o modelo foi aprimorado, ganhando ainda mais potência, e principalmente tecnologia. Atualmente o esportivo, modelo mais caro da marca (com preços a partir de US$ 91.000) e em sua quarta geração, pode ser encontrado nas versões cupê e conversível.
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Um símbolo, um mito
O tradicional símbolo do cabrito montanhês foi adicionado em 1932 aos automóveis da DODGE como um ornamento do capô, simbolizando o estilo agressivo, força e robustez da marca. Na década de 60 a 80 o cabrito deixou de ser utilizado. O símbolo retornou em 1981 pelas mãos do executivo Lee Iacoca, fazendo inclusive parte do logotipo da empresa alguns anos depois.
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A evolução visual
O primeiro logotipo utilizado pela DODGE, em 1914, era formado por dois triângulos nas cores azul e branco, lembrando a estrela de David, com as iniciais DB ao centro com a inscrição Dodge Brothers Motor Vehicles ao redor. Este logotipo foi utilizado até 1927. Depois vieram outros logotipo, também utilizados pela CHRYSLER, até que, em 1962, surgiu o famoso “FRATZOG”, um triângulo formado por três pequenas setas. Em 1976 surgiu o famoso PENTASTAR, logotipo utilizado por todas as marcas da CHRYSLER, sendo que o da marca DODGE era vermelho. Somente em 1993, o cabrito montanhês começou a ser utilizado como logotipo para todos os seus veículos, exceto o DODGE VIPER, que possuía como símbolo uma víbora.
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Depois de ser comprada pela Fiat, a DODGE, após passar por uma série de mudanças estruturais, apresentou em maio de 2010 sua nova identidade visual, que foi dividida em duas: automóveis e picapes. No novo logotipo da DODGE (somente para a linha de automóveis) foram adotadas as faixas que as versões esportivas da linha SRT levam na carroceria. Nos veículos da marca o logotipo não terá as duas faixas diagonais em vermelho, que aparecerão apenas em publicidades da montadora. O “cabrito montanhês” não foi aposentado e passou a ser usado na divisão de caminhões e pick-ups pesadas que passou a ser chamada de RAM.
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Os slogans
Grab Life. (Agarre a Vida)
Grab Life by the Horns. (Agarre a Vida pelos Chifres)
Dodge. Different.
The New Dodge.
(anos 90)
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Dados corporativos
● Origem:
Estados Unidos
● Fundação:
1914
● Fundador:
John e Horace Dodge
● Sede mundial:
Auburn Hills, Michigan
● Proprietário da marca:
Chrysler LLC
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● Chairman: Robert Kidder
● CEO & Presidente: Sergio Marchionne
● Faturamento:
Não divulgado
● Lucro:
Não divulgado
● Presença global:
80 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 58.000 (Chrysler)
● Segmento:
Automobilístico
● Principais produtos:
Automóveis, picapes e caminhões de pequeno porte
● Ícones: O cabrito montanhês de seu logotipo
● Slogan:
Grab life.
● Website:
www.dodge.com
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A marca no mundo
A DODGE vende seus automóveis em mais de 80 países ao redor do mundo, contando com uma linha formada por 15 modelos que engloba sedãs, utilitários esportivos, picapes e caminhões leves.
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Você sabia?
A DODGE foi a primeira fabricante de automóveis norte-americano a abrir uma fábrica na Europa na década de 20.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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Última atualização em 4/6/2010

3 comentários:

Anônimo disse...

legal... to fazendo uma pesquisa da facul e isso me ajudou muito sobre a Dodge... valeu!

cicero disse...

Sou super fã da dodge, adoro a linha de motores V8 da fabrica, porém odeio carros da fiat agora fiquei um pouco decepcionado em saber que a partir de 2010 pertence a fiat; valeu..

fernando disse...

Adorei a reportagem valeu