9.5.06

LONELY PLANET


Eles são os melhores guias turísticos e maiores companheiros em uma viagem. Os famosos guias de viagens LONELY PLANET, verdadeiras “Bíblias dos Mochileiros”, contém informações históricas e culturais de cada região abordada, encorajando o viajante a interagir com outros povos e culturas. Seus guias levaram milhares de curiosos a vários lugares do mundo, definindo para sempre a diferença entre turistas e viajantes. Os guias, que dispõe de informações úteis e vitais das regiões a serem visitadas, fazem com que o viajante sinta-se literalmente em casa. 

A história 
Qualquer viajante que se preze conhece os guias LONELY PLANET, mas nem todo mundo sabe a história desta empresa. O casal de aventureiros britânicos Tony e Maureen Wheeler (ele inglês e ex-engenheiro da Chrysler, ela uma irlandesa), que se conheceu em um banco no Regent’s Park, deixou a cidade de Londres em julho de 1972 com o intuito de viajar em lua-de-mel nada convencional até a Austrália com pouco dinheiro (apenas £400) e por terra (na medida do possível). Alguns meses e pouco dinheiro gasto, eles conseguiram completar a travessia, um dia após o Natal, e estavam bastante satisfeitos com o resultado da viagem. Para relatar a aventura o casal decidiu escrever o livro “Across Asia on the Cheap”, contando como eles conseguiram fazer a viagem com tão pouco dinheiro (o casal aportou em Sidney com 27 centavos de dólares australianos no bolso) e muito improviso, passando por países como Turquia, Irã, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nepal. O guia, apenas um pequeno monte de papel, composto de 96 páginas produzidas artesanalmente (Tony desenhava os mapas, escrevia os textos à mão e passava para Maureen datilografar), que descrevia a viagem de Londres, passando pela Ásia e chegando à Austrália, foi um sucesso e somente na primeira semana vendeu 1.500 exemplares ao preço de US$ 1.80. Nasciam assim os famosos guias LONELY PLANET.


Em apenas um ano nas prateleiras das livrarias o guia vendeu 8.500 exemplares. O grande sucesso do primeiro exemplar levou ao lançamento, em 1975, do segundo guia com o título de “Southeast Asian on a Shoestring”, que ficou conhecido entre os veteranos entusiastas como “Yellow Biblie” (Bíblia Amarela, em português), em virtude de sua capa amarela e das informações imprescindíveis contidas nele, como referências a hotéis, restaurantes, pontos turísticos, dicas essenciais e até mesmo como trocar dinheiro no câmbio negro. Este segundo guia descrevia a viagem do casal por países do sudoeste asiático como Indonésia, Malásia, Laos, Tailândia e Birmânia. O guia, escrito em três meses numa mesinha de um quarto de hotel em Cingapura, se tornou um dos maiores sucessos da marca, tendo seus 15 mil exemplares iniciais esgotados rapidamente (está atualmente na 17ª edição e acumula mais de 1.1 milhões de exemplares vendidos). Até o final da década foram escritos quase uma dúzia de guias descrevendo viagens por locais como Nova Zelândia, Nepal, Nova Guiné e África.


Apesar do sucesso dos guias, a empresa necessitava de um grande título para se tornar, não somente confiável para os turistas, como também rentável. Foi então que o casal resolveu escrever um guia sobre uma viagem pela Índia. Quando começou a ser vendido nas livrarias em 1981, o guia, contendo 700 páginas, se transformou em um sucesso avassalador. Apesar do alto preço para época, US$ 10, foram vendidas, somente na primeira edição, 100 mil cópias. A partir deste momento a marca LONELY PLANET ganhou mercado e conquistou os viajantes de todos os cantos do mundo. A empresa se desenvolveu contratando escritores, cartógrafos e editores, o que resultou em uma qualidade excepcional dos guias que foram lançados nos anos seguintes. Com o sucesso da empresa, em 1984 foi aberto um escritório na cidade californiana de San Francisco, e seis anos depois outro em Londres.


O sucesso pode ser comprovado em 1994 quando com 155 guias editados, a empresa faturava US$ 22 milhões. Neste momento os guias foram expandidos para incluir roteiros pela Europa e América do Norte. Foi no mesmo ano que a LONELY PLANET inaugurou sua página oficial na internet recorrendo a uma nova mídia para divulgação e venda de seus produtos. Ao final desta década, o LONELY PLANET publicava mais de 350 guias diferentes, lançando entre 20 e 25 títulos anuais. A partir do ano 2000, começou uma agressiva expansão de seus produtos com o lançamento de pequenos guias de bolsos com assuntos variados e específicos como World Food (cobrindo a cultura e cozinha de vários lugares do mundo); Read This First (guias pré-viagens); Out To Eat (guias de restaurantes); versões dos guias para computadores de mão; e até um canal de televisão, chamado Lonely Planet Television, que produzia programas sobre viagens e turismo. Em 2007, a BBC Worldwide, braço comercial do canal de televisão britânico BBC, comprou 75% da empresa.


Em 2008 começou a publicar uma revista de viagens mensal chamada LONELY PLANET MAGAZINE no Reino Unido, seguida pela edição brasileira no ano seguinte, e em 2010 com as edições indiana e argentina. Chamada originalmente de Lonely Planet Publications, a empresa alterou seu nome para apenas LONELY PLANET em julho de 2009 com o objetivo de refletir sua ampla oferta de produtos relacionados à indústria de viagens e para enfatizar sua linha de produtos digitais, que conta com um aplicativo para iPhone com mapas, fotos, versões em e-book e um guia de idiomas com as frases mais usadas em 70 países. Outra novidade recente da marca foi o lançamento da série “Discover”, que reúne os principais pontos das cidades e os programas que o turista não pode deixar de fazer. Na série é possível encontrar guias de viagem sobre o Japão, Espanha, Tailândia, Itália, França, Austrália, Irlanda, entre outros.


Em 2011, a BBC Worldwide comprou os 25% restantes da empresa, que depois seria vendida para a NC2 Media por US$ 77 milhões. Ainda em 2011 foi lançado o LONELY PLANET KIDS, livros e guias especialmente formulados para instigar a curiosidade de crianças de 8 a 11 anos a explorar o mundo, suas belezas e cidades históricas. Em outubro de 2012, os guias ganharam versões em português, quando a Globo Livros fechou uma parceria com a empresa para ser a primeira a publicá-los na América Latina.


Um grande sucesso da marca é o THE TRAVEL BOOK: A JOURNEY THROUGH EVERY COUNTRY IN THE WORLD, um livro que mostra uma viagem fotográfica por mais de 230 países. Além das lindas fotos, com pontos de vistas menos óbvios dos destinos mostrados, há pequenos textos, com resumos de cada país, mostrando a melhor época para ir, o que não deixar de comer, fazer, etc.


Hoje em dia, com mais de 130 milhões de guias vendidos desde seu lançamento, as publicações da LONELY PLANET são reconhecidas por sua abordagem em primeira mão dos destinos, a praticidade de seus mapas e o comprometimento em dar aos viajantes a melhor informação. Seus autores são jornalistas ou escritores profissionais que desbravam, visitam e testam as atrações de cada região, das mais famosas às mais inusitadas, adicionando informações sobre passeios e costumes que apenas os nativos conhecem. Para garantir uma opinião isenta os autores não recebem brindes nem ofertas comerciais de estabelecimentos dos destinos, e passam os dias inteiros, do café da manhã às baladas de virar a noite, pesquisando e resenhando para publicar informações honestas, objetivas e com uma pitada de bom humor.


A origem do nome 
A origem do nome LONELY PLANET tem uma história curiosa: ele surgiu apenas porque Tony entendeu errado a letra da música “Space Captain”, composta por Matthew Moore e interpretada pelo cantor americano Joe Cocker. Ao invés de entender o certo, “Lovely Planet” (“planeta adorável”), ele ouviu a expressão “Lonely Planet” (“planeta solitário”) e a adotou para o seu ainda embrionário projeto editorial.


A identidade visual 
A identidade visual da marca LONELY PLANET pode ser aplicada de duas maneiras diferentes.


Os slogans 
Travel with Lonely Planet. 
Therefore I Travel. 
Been there. Done that. Do it again.


Dados corporativos 
● Origem: Austrália 
● Fundação: 1972 
● Fundador: Maureen e Tony Wheeler 
● Sede mundial: Franklin, Tennessee, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Lonely Planet Publications Pty Ltd. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da NC2 Media, LLC) 
● CEO: Daniel Houghton 
● Faturamento: US$ 300 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Publicações: + 650 
● Presença global: 118 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Turismo 
● Principais produtos: Guias, mapas, revistas e aplicativos para viagens 
● Concorrentes diretos: Frommers, Rough Guides, DK Eyewitness Travel e TripAdvisor 
● Ícones: Seus guias de viagem 
● Slogan: Travel with Lonely Planet. 

A marca no mundo 
Atualmente o LONELY PLANET possui mais de 650 livros e guias publicados em 14 línguas diferentes, cobrindo mais de 150 países e regiões do planeta. Somente em 2014, a LONELY PLANET editou mais de 500 títulos diferentes. Os livros ou guias da série LONELY PLANET, preferidos pelos turistas e aventureiros que gostam de economizar, também podem ser encontrados nas versões online, cujo site recebe aproximadamente 10 milhões de visitantes por mês. E não é só: os guias foram os primeiros a ter versões eletrônicas para os pequenos computadores de mão e dispositivos móveis como celulares. Somente os guias impressos vendem mais de 7.5 milhões de unidades anualmente em 118 países. Já o aplicativo, foram mais de 14 milhões de downloads. A empresa também possui escritórios no Reino Unido (Londres), Austrália (Melborne), Estados Unidos (Franklin), Índia (Nova Déli) e China (Beijing). 

Você sabia? 
A empresa, que conta com um staff de mais de 600 profissionais (200 dos quais jornalistas e escritores), tem um grande atrativo no mercado: foi pioneira na publicação de guias e livros para viajantes. 
A galeria de imagens do LONELY PLANET possui mais de 270.000 fotografias, coletadas desde 1998. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 3/6/2015

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