31.5.06

CHANEL


Um verdadeiro mito no mundo da moda. Responsável por grande parte das principais mudanças no vestuário feminino e na moda ocorridas no século XX. Considerada uma das forças do movimento feminista do começo do século passado, Mademoiselle Coco Chanel criou uma moda atemporal e elegante, ostentada até os dias de hoje, fazendo de sua marca um sinônimo de elegância e conforto. Enfim, CHANEL é sempre tendência para milhões de mulheres no mundo inteiro. 

A história 
Para contar um pouco da história da marca CHANEL é imprescindível conhecer um pouco da vida de sua criadora. A estilista francesa, que se tornou símbolo de uma revolução nos hábitos e na postura da mulher no cenário social, adquiriu a elegância e simplicidade como formas de sobrevivência. Mitômana (uma mentirosa compulsiva), nunca quis admitir sua origem pobre. Foi apenas após a sua morte, em 1971, que os reais fatos de sua infância ficaram conhecidos do público. Nascida no interior da França, na pequena vila de Saumur em 19 de agosto de 1883, Gabrielle Bonheur Chanel (foto abaixo) ficou órfã de mãe, que era costureira, aos treze anos de idade. Seu pai, Albert Chanel, a mandou para um convento da cidade francesa de Auvergne, onde permaneceu até o fim da adolescência. Porém, a vida simples da cidade interiorana não condizia com a ânsia de Coco Chanel. Trabalhou como balconista em uma loja de tecidos (onde aprendeu a profissão de costureira e manejar a agulha com perfeição) e até em um cabaré chamado Café Beuglant de la Rotonde , onde cantava a música “Qui qu’a vu Coco dans le trocadero?” (responsável pela origem de seu apelido Coco).


Mas o intuito de vencer na vida era mais forte e, para isso, ela decidiu sair à procura de amantes, de preferência homens ricos, que pudessem lhe ajudar. Esse foi o primeiro grande confronto de Coco Chanel com a sociedade machista do início do século XX. O envolvimento com o milionário oficial da cavalaria Etienne Balsan levou-a a Paris e a inseriu na alta sociedade da capital francesa. Com a ajuda do cobiçado playboy inglês Arthur Capel (que muitos dizem ter sido o grande amor da estilista e morreu jovem em um acidente automobilístico em 1919), montou sua primeira loja, a Casa Chanel (Chanel Modes) em 1910, no piso térreo de um edifício em Paris. No começo, vendia elegantes chapéus femininos e acessórios. A loja estava localizada na região da Balsan, que era ponto de encontro dos burgueses e políticos franceses e suas amadas, e uma oportunidade para Coco vender seus famosos e impecáveis chapéus. O estilo simples, sem grandes adornos de flores, encantou as damas parisienses que frequentavam o jóquei clube da cidade. Quem era aquela mulher que ousava nos trajes simplistas, com misturas entre vestimentas femininas e masculinas? A partir desse momento, Coco Chanel decidiu dedicar-se à costura. Arthur viu em Coco uma futura mulher de negócios e a ajudou a adquirir um imóvel no prestigioso número 21 da Rue Cambon.


Seus cortes simples encantaram e, em 1913, antes da Primeira Guerra Mundial, inaugurou, simultaneamente, duas butiques de moda, em Deauville (um dos elegantes centros da França na época) e em Paris. Nesta época ela começou a criar roupas esportivas femininas, como por exemplo, blusas com golas rolês, inspiradas nas roupas dos marinheiros, feitas de malha e tricô. Em 1915, quando já chefiava um exército de 300 funcionários, abriu uma loja de alta costura em Biarritz e, em 1918, fixou-se definitivamente no mítico n.º 31 da Rue Cambon, onde a Maison Chanel existe até os dias de hoje. Ainda nesta época foi ousada ao se tornar a primeira estilista a lançar um perfume com sua assinatura. Coco costumava dizer que no mundo da moda havia um excesso de homens que não sabiam como proporcionar o conforto às mulheres. Foi por isso que o estilo criado por ela revolucionou o século XX: ao libertar a mulher das faixas e corpetes apertados em saias cheias de babados, permitiu que se sentissem livres e poderosas, vestidas de maneira simples e prática. “Não há mulheres feias, há mulheres mal cuidadas”, costumava dizer. Com essa filosofia, queria atingir o maior número de mulheres que pudesse através de suas roupas de cortes retos e elegantes. Não se importava em ser copiada por outros estilistas; o que mais a alegrava era ver mulheres vestindo suas criativas inovações.


Jérsei, cardigã, sapatos sem salto, vestidos de corte a direito e sem mangas, jaquetas, saias plissadas, tailleurs, bolsas com alça de corrente dourada: a renovação do guarda-roupa feminino para servir ao bel-prazer da mulher de bom gosto e poucos recursos estava disponível na criatividade de Coco Chanel. Era o chique minimalista que seria adotado por aquelas que estavam cansadas dos costumes da Belle Époque e do vestuário excessivamente ornamentado. Criado em 1919, o vestido preto de crepe com mangas justas e compridas (que ficou conhecido como “Little Black Dress” ou “Pretinho Básico” em português) seria outra de suas grandes invenções que se tornaria célebre e ousada, afinal era uma cor inédita para a alta-costura normalmente atribuída ao luto. Saindo das festas de gala e dos momentos de luto, se transformaria no curinga e, de antemão, marcaria o perfil da mulher moderna, preparada para ser uma profissional e parecer feminina e elegante em qualquer situação. Utilizado pela primeira vez em 1926, o modelo foi chamado pela conceituada revista Vogue como o “Ford dos vestidos” (uma alusão aos carros da marca americana que eram produzidos e vendidos em larga escala).


A fama internacional chegou na década de 1930, quando as atrizes de Hollywood começaram a utilizar produtos CHANEL. É o período de maior sucesso nos negócios, a consagração maior da estilista. Neste auge da fama, a empresa empregava 4.000 funcionários e chegou a vender 28.000 peças em um único ano. O segredo do sucesso de Chanel era simples: apenas desenhava roupas que gostava de vestir. Não colocava seus esboços no papel, criava-os em cima do tecido, no corpo da modelo. Isso porque era a roupa que deveria se adequar ao corpo, e não ao contrário, como gostava de dizer. Neste período, Coco Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo. Seus modelos vestiram estrelas reluzentes como a princesa Grace Kelly, atrizes como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe e Ingrid Bergman, a primeira-dama americana Jacqueline Kennedy, entre outros grandes nomes da alta sociedade mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel chegou a trabalhar como enfermeira, uma vez que os negócios relativos à moda estavam em baixa, somente acessórios e perfumes de sua marca eram comercializados neste período na loja da Rue Cambon. Nesta época envolveu-se com o oficial alemão Hans Gunther von Dincklage, o que lhe custou o exílio na Suíça.


Em 1954 voltou a Paris e retomou seus negócios na alta-costura. Sua carreira teve um renascimento nesta época. O cardigã, o vestido preto e as pérolas tornaram-se marcas registradas do estilo CHANEL de fazer moda. Quando apresentou a coleção de 1958, as francesas ficaram maravilhadas. A tradicional revista Elle escreveu em destaque: “Dez milhões de mulheres votam CHANEL”. Suas inovações, de fato, retocaram toda a silhueta feminina. O novo comprimento de suas saias mostrou os tornozelos das mulheres, cujos pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque entre os acessórios, cachecóis enrolaram-se com classe nos pescoços e seu corte de cabelo tornou-se simétrico, reto, mostrando a nuca - o eterno CORTE CHANEL.


No ano de sua morte, no dia 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos, no luxuoso Hotel Ritz de Paris, Coco Chanel ainda trabalhava ativamente desenhando uma nova coleção. Assim como toda a história de sua vida, o momento da morte também foi marcado por glamour e boatos. Sozinha, no quarto do sofisticado Hotel Ritz, onde viveu por aproximadamente 33 anos, a estilista teria dito a uma camareira que estava presente: “Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique”. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que vestiam suas roupas em sinal de homenagem. Depois de sua morte, o empresário francês Jacques Wertheimer, que mantinha proximidade com Coco Chanel desde 1954, comprou a marca e a manteve sem grandes inovações, lucrando com a venda de perfumes, cosméticos e acessórios. Seu filho, Alain, fez disparar as vendas da fragrância Chanel nº 5 ao diminuir sua produção e retirar o perfume das prateleiras das lojas, atribuindo-lhe um conceito de exclusividade, além de investir uma fortuna em publicidade. O ano de 1978 foi marcado pelo lançamento da coleção prêt-á-porter. Já o ano de 1983 foi marcado pela chegada de Karl Lagerfeld à empresa como diretor artístico da marca tanto para a linha de alta-costura quanto para a de prêt-à-porter. Era o início de uma nova e glamorosa fase para a marca CHANEL comandada pelo “Kaiser da Moda”, que na época possuía apenas 19 lojas em todo o mundo. Ele foi o responsável por criar, nesta década, a bolsa Classic Flap, com o fecho “Stamped CC Lock” (Com o CC entrelaçado).


O estilo clássico criado por mademoiselle Chanel, revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século XX e se tornou atemporal. Nos anos de 1990, a CHANEL inaugurou mais de 40 lojas próprias nas mais elegantes e sofisticadas avenidas e cidades do mundo, incluindo a primeira loja em Tóquio (1994), para delírio das japonesas, fãs incondicionais da marca. Sob o comando do executivo Françoise Montenay, a CHANEL ingressou no novo milênio revigorada e cheia de novidades, que começaram com a inauguração em 2001 da primeira butique da marca especializada somente em acessórios. E seguiu em 2002, com uma luxuosa loja em Nova York especializada somente em joias e relógios.


Hoje em dia um dos maiores sucesso da grife atende pelo nome de LES EXCLUSIFS, uma coleção de fragrâncias raras criadas no passado pelo perfumista de Mademoiselle Chanel, Ernest Beaux, e recriadas pelo então perfumista da marca Jacques Polge. Além disso, a marca expandiu seu portfólio com o lançamento de cosméticos, óculos de sol e de grau. Mais recentemente, em 2017, a primeira flagship da CHANEL, aberta em Tóquio em 1994, reabriu no seu endereço original em um novo prédio projetado pelo arquiteto Peter Marino. Foi desta maneira que a grife CHANEL se tornou mundialmente reconhecida como um dos maiores impérios da moda, sempre exaltada pelos críticos por seus artigos de extremo luxo e altíssima qualidade. Além disso, sua criadora, Coco Chanel, transformou gotas de perfume em símbolo de sensualidade e ajudou a libertar as mulheres dos desconfortos e formalidades da moda.


A linha do tempo 
1916 
Introdução na alta-costura do jérsei de malha estreita, antes utilizado apenas em roupas íntimas masculinas. 
1920 
Coco Chanel deu um de seus golpes mais ousados, lançando calças masculinas para mulheres, inspiradas nas calças de boca larga usadas por marinheiros. Conta uma lenda que a moda das calças boca de sino surgiria depois de uma visita da estilista à Veneza, onde Coco as usou dizendo que eram mais práticas para subir e descer nas gôndolas. 
1922 
Lançamento do perfume CHANEL nº 22
1924 
Fundação da SOCIÉTÉ DES PERFUMS CHANEL para produzir e vender perfumes e produtos de beleza da marca, incluindo batons e pós faciais. 
Introdução de suas primeiras joias. 
1925 
Lançamento do perfume GARDÉNIA
1926 
Lançamento do tailleur de tweed (o blazer feminino usado com saia), inspirado em uma das viagens da estilista à Escócia. Com a parte de cima com seus quatro bolsos, decorados com botões dourados, a ideia foi aclamada pela crítica e rapidamente tornou-se um clássico. 
Lançamento do perfume BOIS DES ISLES
1927 
Lançamento do perfume CUIR de RUSSIE
Lançamento da primeira linha de produtos para a pele, composta por 15 produtos inovadores. 
1932 
Lançamento da BIJOUX DE DIAMANTS, primeira coleção de joias finas da grife, dedicada especialmente aos diamantes. No ano seguinte, a coleção foi relançada com a inauguração de uma loja na sofisticada Place Vendôme em Paris. 
1937 
Os vestidos de verão, desenhados por Coco, possuíam contrastes na cor e na forma. 
1955 
Lançamento da bolsa de metalassé (que foi reproduzido dos casacos dos jóqueis e das almofadas de camurça marrom do apartamento de Coco) com alça de corrente dourada. Este modelo ficou conhecido como a clássica bolsa “2.55”. É incrível como um acessório, criado neste ano, mais precisamente em fevereiro (por isso o nome 2.55) atravessou décadas e modismos e ainda hoje permanece como referência de luxo e elegância. Foi com esta criação que Mademoiselle Chanel introduziu a bolsa de ombro ao guarda roupa feminino, mais uma de suas inovações e contribuições para a moda. Pelas mãos de Mr. Lagerfeld a bolsa é reeditada a cada estação em novas cores e nos mais variados tecidos, para serem usadas conforme o estilo e a ocasião. 
Lançamento do POUR MONSIER, primeiro perfume masculino da marca. 
1970 
Lançamento do perfume CHANEL Nº19. O número representava a data de nascimento de Coco Chanel (19 de agosto de 1883). Quarenta anos após seu nascimento, a Maison lançou uma nova versão um pouco mais refrescante dessa fragrância que atravessou o tempo e se tornou um ícone da marca. 
Lançamento de uma coleção de produtos beleza, composta por maquiagens e um regenerador chamado CRÉME Nº 1 FRE
1974 
Lançamento do perfume CRISTALLE
1984 
Lançamento do perfume COCO FRAGRANCE
1987 
Lançamento no mercado do PREMIÈRE, primeiro relógio com assinatura CHANEL, caracterizado por sua caixa octogonal, uma alusão a tampa do perfume Chanel nº 5. 
1990 
Lançamento do perfume EGOÏSTE
1993 
Inauguração do novo departamento de joias com o lançamento de sua primeira coleção, baseada na criação “Bijoux de Diamants” de 1932. 
Lançamento do perfume masculino PLATINIUM EGOÏSTE
1996 
Lançamento do famoso perfume feminino ALLURE. A versão masculina foi introduzida dois anos mais tarde. 
1999 
Lançamento da PRÉCISION, primeira linha de cosméticos para a pele da marca francesa. 
Lançamento de uma coleção de óculos para sol e armações de receituário. Os óculos da grife, quase sempre, possuem o tradicional logotipo, com os dois “C” entrelaçados, em evidência nas hastes. 
2000 
Lançamento do J12, primeiro relógio unissex e esportivo da marca. 
2001 
Lançamento do perfume COCO MADEMOISELLE, direcionado para um público mais jovem e que se tornou um enorme sucesso de vendas. 
2003 
Lançamento do perfume CHANCE, cujo propósito era atrair as mulheres mais jovens. Para isso, o frasco ganhou roupagem mais informal e foram incluídas notas de cidra e baunilha. 
2007 
Lançamento da VÉLO CHANEL, primeira bicicleta da grife francesa. O modelo vinha equipado com duas sacolas de couro matelassê com o famoso logotipo da marca, correia de proteção de couro para evitar o contato com as pernas, oito velocidades de marcha, além de pneus que não furavam e dispositivo anti-roubo. O preço da obra-prima: €8.900. 
Lançamento da CHANEL DIAMOND FOREVER CLASSIC, uma das bolsas mais caras do mundo e que rapidamente se tornou um objeto de desejo. Feita com 334 diamantes com ouro branco nas alças e pele de jacaré branco, custa US$ 261 mil. 
2009 
Lançamento da coleção de bolsas COCO COCOON, compostas por modelos grandes, largos e de dupla-face, com versões distintas em náilon e lambskin (um couro mais fininho). Estrelada por Lily Allen, a coleção foi um sucesso tão grande que a marca decidiu repetir o lançamento para 2010. A nova coleção contou ainda com um detalhe muito interessante: as bolsas eram reversíveis, podendo ser utilizadas também com o lindo acabamento interno, em tecido vermelho, para o lado de fora. Mademoiselle Coco revestiu sua primeira bolsa, uma clássica “2.55″, com tecido vermelho escuro, um tom de borgonha, pois considerava que assim era mais fácil encontrar seus pertences ali dentro. Era lógico que o diretor de criação Karl Lagerfeld mantivesse este detalhe para a coleção recente. 
Lançamento da 1° edição da revista 31 Rue Cambon, disponível em todas as lojas da marca no mundo. 
Lançamento do perfume BEIGE, que com seu aroma de frésia e acordes de mel, se torna suave e elegante. 
2010 
Lançamento do perfume masculino BLEU DE CHANEL
2012 
Lançamento do perfume COCO NOIR, com toques de almíscar e cujo frasco preto merece destaque por sua elegância e sobriedade. 
Inauguração de uma butique joalheria no principado de Mônaco. A nova joalheria apresentou a coleção “1932”, que homenageava em 80 peças os 80 anos da Chanel Joaillerie
Inauguração no Brasil de sua segunda loja online de cosméticos, depois dos Estados Unidos. É oferecida a linha de beleza da grife - com perfumes femininos e masculinos, maquiagens, esmaltes e cremes de tratamentos. 
2017 
Lançamento do perfume GABRIELLE. Para dar o rosto à nova fragrância, a marca chamou a atriz Kristen Stewart. 
Lançamento da CHANEL GABRIELLE, modelo de bolsa criado pelo diretor artístico da grife, Karl Lagerfeld, que recupera o “espírito livre”, ou seja, ela aparece tanto em versões a tiracolo como no formato de luxuosa mochila, que dá liberdade aos movimentos sem perder a elegância, em cores como off white, quartzo rosa e preto. 
2018 
Lançamento das primeiras linhas inteiramente dedicadas à beachwear (Coco Beach) e à roupa de montanha (Coco Neige). Embora a marca já tivesse criado alguns modelos de beachwear, nunca havia desenvolvido, até agora, uma linha totalmente dedicada à praia. O mesmo se aplica ao vestuário para esportes de inverno.


O perfume das estrelas 
O perfume mais famoso do mundo foi criado por Ernest Beaux, perfumista da corte dos Czares da Rússia, a pedido de Coco Chanel, que sugeriu: “Um perfume de mulher com cheiro de mulher”. O Chanel nº 5 foi o primeiro perfume sintético a levar o nome de um estilista. Revolucionando o mundo das fragrâncias, o perfumista utilizou em sua fórmula uma nota sintética (o aldeído, extraído do petróleo o ingrediente potencializa o aroma das flores) em proporções inéditas até então: eram mais de 65 substâncias em sua composição, entre as quais, rosas, jasmins de Grasse, flores raras do oriente e sândalo, além da luxuosa essência do pau-rosa, árvore tropical ameaçada de extinção e que encantou os europeus desde o século XVIII por sua exuberante fragrância. O cinco era o seu número da sorte, tanto que Coco apresentou o perfume oficialmente no dia 5 de maio de 1921. Outra história conta que a estilista escolheu o número, pois entre 10 amostras preparadas pelo perfumista a que mais lhe agradou foi a quinta. No natal deste, as melhores clientes de Coco Chanel foram presenteadas com um frasco de seu perfume. Com o tempo, ele se tornou o cheiro oficial da loja, da marca e símbolo de status e bom gosto. Até hoje é o perfume mais vendido em todo o mundo, comercializado em mais de 140 países. Uma curiosidade: o perfume entrou para a história como um ícone cultural que foi capaz de gerar longas filas de soldados em plena escassez da Segunda Guerra Mundial que queriam levar para suas mulheres gotas desse elixir para deixá-las ainda mais belas.


O perfume alavancou seus negócios e se tornou lendário. Mas foi Marilyn Monroe quem tornou o perfume um verdadeiro sucesso. Ao ser entrevistada em 1955, perguntaram o que vestia para dormir. Marilyn respondeu: “Apenas algumas gotas de Chanel nº 5”. Com a resposta, as vendas do perfume dobraram, fazendo a marca embolsar US$ 162 mil naquele ano. A composição da fragrância permaneceu praticamente inalterada ao longo de mais de meio século de existência, algo incomum mesmo entre marcas de prestígio. Grande parte dos jasmins e rosas de maio utilizados na produção do perfume ainda é cultivada pelas mesmas famílias de floricultores do sul da França, com custos de produção até 30% maiores do que seus equivalentes chineses. Para a empresa, no entanto, transferir o local de produção dessas flores significa comprometer o aroma do perfume, e isso está simplesmente fora de questão. Em 2016, a marca lançou o Chanel Nº 5 L’Eau, um perfume voltado para um público mais jovem.


Em 2004 foi lançada uma estonteante campanha publicitária do perfume estrelada pela atriz Nicole Kidman, então o novo rosto do CHANEL nº 5 para encarnar a elegância e modernidade do produto. A campanha contou ainda com um pequeno filme de 2 minutos dirigido pelo renomado Baz Luhrmann, de “Moulin Rouge”, que contava com Nicole Kidman e o brasileiro Rodrigo Santoro. O filme, orçado em US$ 20 milhões, contava a história de uma atriz que fogia de fotógrafos em uma première e terminava nos braços de um estranho escritor. Tudo embalado ao som da Orquestra Sinfônica de Sydney, que toca uma versão de “Clair De Lune” do compositor Claude Debussy. Clique no ícone abaixo para assistir. 

  

O tradicional design do frasco é um capítulo a parte. Em 1921 ele se destacava pelas características minimalistas que contrastavam com o estilo rococó da época. Coco Chanel costumava dizer que não era o frasco que fazia o perfume, mas sim o que ele tem em seu interior, e por isso escolheu um modelo simples, de vidro, ao qual acrescentou uma etiqueta branca. O frasco em estilo art déco (feito em cristal, retangular, com uma espécie de selo identificador, quase como se fosse uma etiqueta), foi incorporado à coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959. Desde o seu lançamento, foram feitas apenas pequenas modificações ao design original (imagem abaixo).


Um séquito de musas representou essa essência tão única ao longo dos anos. Marilyn Monroe, Candice Bergen, Suzy Parker, Ali Mac Graw, Lauren Hutton, Jean Schrimpton, Cheryl Tiggs e, principalmente, Catherine Deneuve. Após utilizar como rosto do perfume CHANEL nº 5 a estonteante atriz francesa Audrey Justine Tautou, estrela do filme “Código da Vinci”, a marca francesa inovou ao apresentar, em 2012, o ator Brad Pitt, que se tornou o primeiro homem a endossar o icônico perfume. Pouco depois, em 2014, foi vez de Gisele Bündchen se tornar o rosto do perfume mais icônico do mundo. Desde 1921 quando a marca CHANEL criou seu primeiro perfume, a empresa teve apenas quatro perfumistas responsáveis pelas criações: Ernest Beaux (1920-1961), Henri Robert (1958-1978), Jacque Polge (1978–2013) e Olivier Polge (2013-presente).


Um ícone para os pés 
Uma das versões existentes para o lançamento dos famosos scarpins Chanel, em 1957, dá conta de que a grande estrela da moda estava bem longe de ter pés delicados – eles eram grandes e feios. Mademoiselle teria resolvido o problema à sua maneira: criando sapatos perfeitos, delicados e confortáveis. Eles alongavam as pernas e, ao mesmo tempo, deixava os pés mais delicados e femininos. Há quem diga que, para criar o scarpin, mademoiselle teria se inspirado no guarda-roupa masculino para desenhar o primeiro par bicolor feminino, de couro bege com biqueira preta (para disfarçar manchas) ligeiramente quadrada. Outro boato? Possivelmente, mas também faz sentido, pois não seria a primeira vez que ela buscaria inspiração na moda masculina, como fez com grande criatividade e enorme sucesso com as calças compridas, o cardigã, a capa de chuva e o blazer. Mademoiselle detestava sapatos fechados e pensava em dar mais graça e liberdade à mulher moderna (que, em grande parte, já era criação sua). Quem garantia era Raymond Massaro, o grande artesão dos calçados, um de seus mais antigos fornecedores. Logo depois do scarpin bicolor (indicado para qualquer compromisso durante o dia e que ganhou o carinhoso apelido de “os novos sapatos de Cinderela”), vieram sua versão verão, em azul-marinho, a esportiva, em marrom-escuro e os sofisticados modelos de noite, em vermelho, ouro ou prata.


O scarpin Chanel, aberto atrás, com alças finas, perfeitamente ajustadas aos tornozelos por meio de inéditos elásticos laterais, fez um enorme sucesso, principalmente em pés famosos, como os de Catherine Deneuve, Romy Schneider, Marilyn Monroe, Jeanne Moreau, Brigitte Bardot, Gina Lollobrigida, Jane Fonda, a ex-primeira-dama americana Jacqueline Kennedy e a princesa Diana. Sem nunca perder as linhas limpas e clássicas do design original, o scarpin ganhou ao longo dos anos uma infinidade de variações – bico fino, acabamento de seda preta, pequenos laços, saltos quadrados. Hoje, a Maison Massaro continua trabalhando para a CHANEL e é um dos últimos fornecedores de uma estirpe que confia mais nos olhos treinados de seus funcionários do que na tecnologia. Em seu ateliê, a única concessão às máquinas são duas Singer da virada do século XX, que costuram o couro na base. Até hoje, a equipe, de dez artesãos (cada um especializado em uma das etapas da criação dos calçados), fabricam aproximadamente 150 pares de sapatos para a Maison CHANEL. E cada um custa por volta de US$ 4 mil. O restante dos sapatos da grife francesa é produzido em série na moderna fábrica da empresa na Lombardia, Itália, com cuidados que também transcendem o comum. As cerca de 50 a 100 operações necessárias para a confecção de um calçado acontecem sob o olhar vigilante de especialistas. Um sapato CHANEL começa com a fôrma, esculpida em madeira. Cada número terá uma diferença de precisamente 3,3 mm de tamanho em relação ao anterior e o seguinte. A fôrma é coberta com papel aderente e sobre ele o modelo é desenhado à mão, com precisão também milimétrica. Estão prontos os moldes dos sapatos que vestirão como luvas os pés mais famosos do mundo.


Um ícone para os lábios 
Mademoiselle Chanel era fascinada por batons. Sua primeira criação foi lançada em 1954 através de um batom cremoso em formato de stick, que foi inserido em uma embalagem retangular, uma réplica exata do frasco spray do perfume CHANEL Nº5. O batom se tornou um ícone para a CHANEL que a grife passou a reservar um compartimento especial em suas bolsas somente para guardá-los. Este batom histórico passou por muitas adaptações, seguindo as inovações tecnológicas a cada ano. Em 2009 ocorreu o lançamento da linha Rouge Coco, batons de texturas cremosas que envolvem o lábio de forma uniforme, proporcionando um resultado mais luminoso, confortável e acetinado. O complexo Hydratender garante hidratação prolongada por até 8 horas. Graças aos pigmentos extremamente refinados, a luminosidade da cor é preservada por mais tempo. Um leve buquê de rosas frescas, realçado por acordes de raspberry e um toque de baunilha trazem prazer ao olfato. A marca reviveu a embalagem ícone de seus históricos batons para mais esse lançamento: um case preto, com um luxuoso anel dourado e polido, um objeto instantaneamente reconhecido no momento em que a mulher coloca a mão dentro de bolsa para encontrar seu batom. A linha conta com 30 diferentes tons, sendo que cada um deles recebeu o nome de uma fase importante da vida de Coco Chanel: Camelia, Mademoiselle e Paris, somente para citar alguns.


A mítica loja da Rue Cambon 
A loja mais famosa da marca CHANEL está localizada em Paris precisamente instalada no lendário n.º 31 da Rue Cambon. Foi neste endereço que Coco Chanel abriu sua primeira butique. Este endereço, onde Coco morou durante anos, é atualmente o quartel-general da marca e uma grande atração turística da cidade mais chique do mundo. Um lugar lendário que pode ser definido como o epicentro do universo de Coco Chanel. A loja é totalmente diferente de todas as outras que a grife possui espalhadas pelo mundo. O aroma exclusivo do perfume CHANEL nº 5 saúda os visitantes. Não há sequer uma mercadoria exposta. O cliente tem que pedir o que desejar. A loja está localizada no térreo. Uma escada revestida de espelhos leva ao apartamento onde Coco viveu (até hoje decorado como em 1971, ano de sua morte), no segundo andar. O terceiro piso abriga o estúdio (onde Karl Lagerfeld trabalha até hoje) e, no quarto andar, ficam as oficinas de alta-costura. Todas as atividades (inclusive as oficinas para fabricação de joias e chapéus) foram feitas nesse prédio, cuja configuração se mantém inalterada. O que poucos sabem é que nesta loja tudo é personalizado, desde as sacolas de compras que possuem as tão famosas camélias até as bolsas que carregam o nome “Cambon” gravado.


Porém, uma das mais emblemáticas lojas da marca fica localizada no bairro de Ginza, na cidade de Tóquio no Japão. A loja, inaugurada em 2004 e que possui 6.000 m², é um dos maiores investimentos da história da Maison francesa. Apenas o terreno custou mais de US$ 50 milhões. Com uma fachada de vidro de 56 metros de altura, garagens subterrâneas informatizadas e computadores interativos espalhados pelos dez andares do prédio, responsáveis por contar toda a história da marca além de mostrar os últimos lançamentos, a loja recebe peças exclusivas para o mercado local. Na entrada principal, bolsas, peças exclusivas e o setor de beleza e cosméticos. No terceiro andar, vestidos de noite, sapatos preciosos e bolsas sofisticadas. O detalhe fica por conta da música, que a cliente pode escolher a cada troca de roupa. No quarto andar, o espaço batizado de Nexus Hall, reservado para desfiles, acontecem coquetéis e exposições. Setecentas mil microlâmpadas de LED instaladas nas paredes de vidro externas ficam acesas todas as noites, reproduzindo o tweed, referência máxima de padrão de tecido que marca o estilo CHANEL.


O icônico logotipo 
O tradicional e reconhecido logotipo da marca CHANEL com dois “C” entrelaçados (Double C) foi criado pela própria estilista em 1925 e deriva das iniciais de seu apelido e sobrenome: “Coco Chanel”. Porém, uma história popular sugere que o logotipo foi inspirado pelos vitrais em uma capela que possui curvas entrelaçadas e também abrigava um orfanato onde Chanel passou a última metade de sua infância. Outra lenda diz que Coco Chanel viu os dois C entrelaçados no Château Cremat, um château em Nice que Irène Bretz (um amigo de Chanel) tinha comprado. Existe também uma versão, que aponta para Boy Capel, que foi o grande amor da vida de Chanel e a fonte de financiamento para o seu negócio e as suas primeiras lojas. Como escritor Justine Picardie insinua após a morte de Capel, “Não houve nenhum contrato comercial para uni-los, assim como não havia nenhuma certidão de casamento, mas, apesar disso, se juntou a eles, como o logotipo duplo C parece sugerir: Chanel e Capel em uma sobreposição, mas também de frente para longe um do outro”. O logotipo somente foi registrado como marca depois da abertura de suas lojas.


Os slogans 
Coco, l’esprit de Chanel. (1992) 
Egoïste pour l’homme. (1990) 
I am made of blue sky and golden light, and I will feel this way forever ... 
Share the Fantasy. (1979) 
Every woman alive loves Chanel No. 5. (1957)


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1910 
● Fundador: Coco Chanel 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: Chanel S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Chairman & CEO: Alain Wertheimer 
● Presidente: Bruno Pavlovsky 
● Diretor criativo: Karl Lagerfeld 
● Faturamento: US$ 5.6 bilhões (estimado) 
● Lucro: US$ 874 milhões (estimado) 
● Lojas: 200 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.500 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, perfumes, maquiagens, óculos, bolsas e sapatos 
● Concorrentes diretos: Prada, Gucci, Christian Dior, Louis Vuitton, Fendi, Valentino, Burberry e Hermès 
● Ícones: O perfume Chanel nº 5 
● Website: www.chanel.com/pt_BR/ 

A marca no mundo 
A marca CHANEL, um grande império com faturamento de US$ 5.6 bilhões (dados de 2016) que inclui alta-costura, roupas, bolsas, sapatos, joias, acessórios, cosméticos e perfumes, é controlada pela família Wertheimer e possuí mais de 200 exclusivas e elegantes lojas próprias ao redor do mundo, além de ser dona da Eres, uma marca fundada em 1968 e que vende linhas de moda praia e lingeries. Seus luxuosos produtos também são comercializados nas mais elegantes redes de lojas de departamento do mundo. No Brasil a marca está presente nos luxuosos Shopping Cidade Jardim, Iguatemi e JK Iguatemi (em São Paulo), incluindo três unidades da Chanel Fragrances & Beauté, que vende somente maquiagens, perfumes e produtos de beleza. 

Você sabia? 
O poder de Coco Chanel em ditar a moda era tão grande que a mania pelo bronzeado no verão surgiu quando, após uma viagem ao Mediterrâneo, a estilista voltou com o tom de pele acobreado. Todas as mulheres queriam copiá-la. 
O depoimento a seguir mostra a personalidade de Coco Chanel: “Eu criei um estilo para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas o estilo Chanel. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda”. Uma das máximas de Chanel era: “Uma mulher elegantemente calçada nunca será feia”


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Vogue, Época Negócios, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha, Estadão e O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 19/5/2018

17 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Gostei muito do post, bem completo. Obrigada pelas informações!
Tenha uma ÓTIMA semana!

Renata Cavalcanti disse...

Hi! eu posso me considerar uma garota de muito azar por não poder ter conhecido essa revolucionária mulher.Mas ainda bem que existem blogs como o seu. Sou fã da Chanel e acabei de me tornar fã do seu blog tbm!estou gostando de isso tudo.

Priscilla disse...

Boa noite!
É muito satisfatório ter acesso a um conteúdo tão interessante e importante. Me identifico muito com a marca, e estou realizando um trabalho na área de design Gráfico.
Obrigada por esclarecer minhas dúvidas.
It´s all!

Ieda Raymond disse...

Sem palavras, eu amo tudo isso!

Ana Martins disse...

Adorei o post!
Chanel sempre será a maior marca de sempre. Expressa glamour e simplicidade ao mesmo tempo. Impressionante!

Carol Badan R. Aguilar disse...

Carol Aguilar
Adorei o post da marca, muito completo. é delicioso ler a historia por tras das marcas....

Claudia Klein disse...

A historia da criadora e da marca são sempre instigantes. Ótimo resumo sobre a vida e sobre a personalidade dessa marca tão desejada!
Recomendo a leitura do livro o Segredo do Chanel Nº 5. Uma otima forma de se aprofundar mais na vida de Coco e so enigmático perfume criado por ela.
Também escrevi sobre o livro, vale a pena conferir: http://saladacorporativa.com.br/2011/08/o-segredo-do-chanel-n%C2%BA-5/
Obrigada!
Claudia Klein

Anônimo disse...

Adorei a materia muito interessante e informativa, essa e a minha marca de inspiracao!! Faco designer de bolsas e acessorios por paixao, nesse momento estou trabalhando com replicas de bolsas de grifes como louis vuitton, prada e principalmente chanel!
www.chocobrazil.com

Unknown disse...

Amei seu blog, inclusive 'rebloquei' esse artigo, Beijos ;)

João disse...

Detesto pessoas como você, por não se importar coma história e o trabalho do designer em criar parabéns pela sua falta de criatividade. Mano o artista de dedicou anos e vc vai vender por 30 reais ? Para que ta feio, pessoas como vc são que nem baratas não tenho medo mais tenho nojo. CHANEL IS BELLA

Jessica disse...

Texto simplesmente muito bom, eu estava procurando sobre ela e o seu post é o mais completo que achei!

blogmylittlecandy.blogspot.com.br/

Unknown disse...

Olá, gostaria de saber de ano são essas informações de Dados Corporativos, tenho um trabalho a fazer e amei esse site, tem tudo o que eu preciso, mas só falta isso, poderia me informar por favor?

Unknown disse...

Quantas lojas chanel tem no mundo?

Unknown disse...

Eu simplesmente amei a saber mais da Chanel Coco sou sua seguidora fiel no que diz respeito a moda aliás uma das mais elegantes e finas
Uso Chanel 5
Agora fiquei mais feliz pois toda a mulher muito feminino tem seu lado Guerreiro
Parabéns pela materia

Anônimo disse...

Voces ainda nao fizeram da Lotte , uma das maiores empresas da Coreia do Sul e do Japao.

Mas , a materia ta incrivel.

Gesy Tápias Dabrowska disse...

Adorei mesmo. É o site com o maior conteúdo de toda história da Chanel, bem completo. Parabéns e sucesso sempre.

Unknown disse...

Amei!!!